Colaboradores

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Piora do sono com a idade prejudica a memória, diz estudo


Há décadas os cientistas sabem que a capacidade de recordar informações novas entra em declínio com a idade, mas não era claro por quê. Um novo estudo traz parte da resposta.

O trabalho, publicado neste domingo (27) na revista "Nature Neuroscience", sugere que mudanças estruturais no cérebro que acontecem naturalmente com a idade interferem na qualidade do sono, o que prejudica a habilidade de guardar novas lembranças por um longo prazo.

Pesquisas anteriores já haviam descoberto que o córtex pré-frontal, região do cérebro atrás da testa, tende a perder volume com a idade, e que parte dessa região ajuda a manter a qualidade do sono, crucial para consolidar novas memórias. O novo experimento foi o primeiro a ligar mudanças estruturais diretamente com problemas de memória relacionados ao sono.

Os resultados sugerem que uma forma de retardar o declínio da memória em adultos mais velhos é melhorar o sono, especificamente a fase de ondas lentas, que constitui um quarto de uma noite normal.

Os médicos não podem reverter as mudanças estruturais que ocorrem com a idade assim como não podem fazer o tempo voltar atrás. Mas ao menos dois grupos estão experimentando com a estimulação elétrica como forma de melhorar o sono profundo em pessoas mais velhas.

Colocando eletrodos no couro cabeludo, os cientistas conseguem passar uma corrente baixa pela área pré-frontal, essencialmente mimetizando o formato das ondas de sono de alta qualidade.

O resultado é a melhora da memória, ao menos em alguns estudos. "Há muitas outras formas de melhorar o sono, incluindo exercícios", afirmou Ken Paller, professor de psicologia e diretor do programa de neurociência cognitiva na Universidade Northwestern, nos EUA.

Paller disse que uma série de mudanças ocorre no cérebro durante o envelhecimento e que o o sono é só um dos fatores afetando as funções da memória.

Mas, para ele, o estudo conta uma história convincente. "A atrofia é relacionada ao sono de ondas lentas, que sabemos ser ligado à performance da memória. Então é um fator contribuinte."

No estudo, uma equipe da Califórnia fez imagens do cérebro de 19 aposentados e de 18 jovens na casa dos 20 anos. O time viu que uma área do cérebro chamada córtex pré-frontal medial, atrás do meio da testa, era um terço menor, em média, nos mais velhos do que nos mais novos --uma diferença atribuída à atrofia natural do envelhecimento, segundo pesquisas anteriores.

Antes da hora de dormir, a equipe fez os dois grupos estudarem uma longa lista de palavras pareadas com sílabas sem nexo, como "ação-siblis" ou "braço-reconver". A equipe usou essas "não palavras" porque um tipo de memória que declina com a idade é a que grava novas informações nunca vistas antes.

Depois de treinar esses pares por meia hora, mais ou menos, os voluntários fizeram um teste. Os jovens superaram os velhos por 25%.

Então todos foram dormir --e diferenças maiores apareceram. Os mais velhos dormiram só um quarto do tempo em sono de alta qualidade em relação aos mais jovens, conforme as medições de um aparelho de eletroencefalograma. Acredita-se que as memórias se transformam de temporárias em definitivas durante esse sono profundo.

Em um segundo teste, realizado de manhã, o grupo jovem superou o mais velho em 55%. A proporção de atrofia em cada pessoa mais ou menos previu a diferença de resultados entre os testes feitos à noite e de manhã, segundo o estudo. Até os idosos que foram melhor à noite mostraram declínio depois do sono.

"A análise mostra que as diferenças se deram não por mudanças na capacidade das memórias, mas na diferença da qualidade do sono", disse Bryce Mander, pós-doutorando na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e líder do estudo. Seus coautores incluíram pesquisadores do Centro Médico Califórnia Pacífico, em San Francisco, da Universidade da Califórnia em San Diego e do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.

Os achados não querem dizer que a atrofia da região pré-frontal medial é a única mudança ligada à idade causando problemas de memória, segundo Matthew Walker, professor de psicologia e neurociência na Universidade da Califórnia em Berkeley e coautor do estudo.

"Mas esses achados estão relacionados", disse ele. "Essencialmente, com o tempo, quanto menos tecido você tem nessa área pré-frontal, menos e menos qualidade de sono profundo você tem e menos você se lembra do conteúdo que acaba de aprender”

Por: BENEDICT CAREY
DO "NEW YORK TIMES
http://www1.folha.uol.com.br/

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Treinamento Prático em Laboratório de Reprodução Assistida

O Treinamento Prático em Laboratório de Reprodução Assistida será oferecido pelo Instituto Ideia Fértil de Saúde Reprodutiva, voltado para profissionais graduados e estudantes do último ano das áreas de Ciências Biológicas, Biomedicina e Veterinária.



 Segue abaixo o link com mais informações:

domingo, 27 de janeiro de 2013

Conselho Federal de Medicina estuda autorizar descarte de embriões congelados


Uma comissão do CFM (Conselho Federal de Medicina) estuda autorizar as clínicas de reprodução a descartar embriões congelados há cinco anos ou mais, com a permissão dos pais.

A medida ainda precisa ser aprovada em plenária. Hoje, o conselho permite a doação de embriões para pesquisa ou para outro casal.

Fora dessas situações, o casal é obrigado a manter os embriões congelados nas clínicas. E a pagar uma taxa inicial, que varia entre R$ 800 e R$ 1.500, e uma mensalidade de R$ 50, em média.

"Muitas pessoas não querem doar. Querem descartar simplesmente", diz o médico Eduardo Motta, da clínica Huntington, em São Paulo.

Um dos membros da comissão do CFM, o médico José Gonçalves Franco Júnior, do CRH (Centro de Reprodução Humana), de Ribeirão Preto (SP), entende que o casal tenha o direito de decidir pelo descarte. "Não é uma decisão do Estado, da igreja ou dos médicos."

Para ele, a própria Lei de Biossegurança, de 2005, já abriu um precedente para o descarte quando autorizou o uso de embriões em pesquisas. "Ali, ficou decidido que o embrião não é uma vida."

O médico Edson Borges Júnior, da clínica Fertility, lembra que o descarte de embriões é um procedimento frequente nas clínicas.

"Os embriões classificados como inviáveis são descartados. Mas sabemos que essa classificação está longe de ser perfeita. Todos nós temos casais em que foram transferidos embriões 'feios' e que nasceram bebês 'lindos'."

ABANDONADOS

Uma outra questão que deverá ser discutida pelo CFM é o destino dos embriões congelados que foram abandonados pelos pais.

Geralmente, são situações em que casal engravidou com o tratamento, teve sobra de embriões e os congelou para uma outra eventual gravidez, mas acabou "abandonando-os" nas clínicas por diversas razões (morte de um dos cônjuges, separação ou mudança de cidade ou país).

Estima-se que 10% a 20% dos 60 mil embriões congelados no país (segundo dados da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estejam nessa condição.
Países como a Inglaterra e a Espanha autorizam o descarte dos abandonados.

No CRH, de Ribeirão, há dois embriões que completam 22 anos em 2013. Existem outros 1.541 congelados entre 1992 e 1999. "Perdemos o contato com a maioria desses casais", diz Franco Júnior.

Na clínica Huntington, a situação é semelhante. São 918 embriões abandonados dentro de um universo de 9.451 congelados. "Não sabemos bem o que fazer, mas que temos que mantê-los, arcando com as despesas de tanque e nitrogênio líquido, além do pessoal especializado."

Na Fertility, há cerca de 2.200 embriões congelados, dos quais 185 são "órfãos". "Perdemos completamente o contato com o casal", diz Borges Júnior. "Temos que ter mais coragem para abordar diretamente esse tema."

Para Reinaldo Ayer de Oliveira, professor de bioética da USP e conselheiro do Cremesp, o destino dos embriões abandonados deve ser uma questão discutida por toda a sociedade brasileira.

"É preciso criar uma legislação específica para esses casos. É um problema nacional, enfrentado por clínicas de todos os Estados."

Embrião congelado faz irmãos gêmeos terem nove anos de diferença
Os trigêmeos Augusto, Gustavo e Vitória, 10, e o caçula, Vitório, de um ano, em Bauru, no interior de SP
"Este é o nosso irmão quadrigêmeo". É dessa forma que os trigêmeos Vitória, Augusto e Gustavo costumam apresentar o irmão caçula, Vitório.

Não é brincadeira de criança. Os trigêmeos fazem aniversário no dia 19 de março. Vitório também. Os três são frutos de uma fertilização in vitro feita pelos pais em 2001. Vitório também. A diferença é que o trio nasceu em 2002 e Vitório, em 2011, após ficar quase uma década congelado quando era apenas um embrião.

"Nós passávamos horas olhando para ele dormindo, vendo se estava tudo ali inteiro. Parecia alucinante que aquela criança tivesse ficado tanto tempo congelada", conta a mãe, Márcia Renata Carvalho, 42, de Bauru (SP).

Márcia fez o tratamento de reprodução em 2001, após sete anos de tentativas de gravidez. Ela tinha endometriose, e o marido, Segundo Carvalho, 48, baixa contagem de esperma.

 Três embriões foram transferidos para o útero de Márcia (e resultaram nos trigêmeos) e outros três foram congelados.

"Desde que soube que estava grávida de trigêmeos, nunca mais parei de pensar nos embriões que ficaram congelados. Jamais pensei em doá-los para pesquisa ou para outro casal ou em descartá-los. Sabia que na hora certa iria buscá-los. Eram meus."

E a hora foi em 2010. No processo de descongelamento, apenas um embrião sobreviveu e se fixou ao útero. O tratamento aconteceu em Ribeirão.

"As crianças vibraram muito com a gravidez. A Vitória dormia abraçada à minha barriga. Quando soubemos que era menino, eu disse: o irmão de vocês é um vitorioso, um valente. Então, vocês já podem escolher o nome: ou é Vitório ou é Valentino."

Mimo é o que não falta ao pequeno. "O 'congeladinho' é mais bonito!'", costumam dizer à mãe.

Fonte: Folha de São Paulo – on line  27/01/2013
Por:  CLÁUDIA COLLUCCI
Imagem: Avener Prado/Folhapress

 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Curso online: DROGAS DE ABUSO

O Governo Federal tem promovido cursos online sobre o tema: Drogas de Abuso.
São cursos excelentes e gratuitos. Dão certificado e são extremamente sérios.

As inscrições estão abertas e devem ser realizadas pelo site:

 /http://www.supera.senad.gov.br/
 
O curso SUPERA é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça (MJ), oferecido gratuitamente por meio da parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e executado na modalidade de Educação a Distância (EaD) pelas equipes da Unidade de Dependência de Drogas (UDED) do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP e do Departamento de Informática em Saúde (DIS).
 
O curso SUPERA (Sistema para detecção do Uso abusivo e dependência de substâncias Psicoativas: Encaminhamento, intervenção breve, Reinserção social e Acompanhamento) foi cuidadosamente elaborado por profissionais com grande experiência nas áreas de política sobre drogas, prevenção do uso e tratamento da dependência de crack, álcool e outras drogas.
 
Esta capacitação oferecerá dez mil vagas para profissionais das áreas de saúde e assistência social e é parte integrante do programa “Crack, é possível vencer”, que prevê, entre outras ações, ampla capacitação de profissionais das áreas de saúde, assistência social, justiça, segurança pública, conselheiros, educação lideranças comunitárias e religiosas.
 
Este curso tem carga horária de 120 horas/aula e os alunos que o concluírem receberão um certificado de extensão universitária registrado pela pró-reitoria de extensão da UNIFESP, juntamente com um kit de instrumentos para detecção do uso de crack, álcool e outras drogas.
 
As inscrições estarão abertas (somente on line) no período de 26 de dezembro de 2012 a 24 de fevereiro de 2013.
 
As datas de início do curso serão divulgadas após o período de seleção dos alunos, os quais receberão um e-mail com o resultado da seleção. Utilize e-mail válido, pois será através dele que você receberá as orientações dos próximos passos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um Meio ou uma Desculpa?

 
“Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo. Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar sábados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá de se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá de investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.


O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para conseguir um resultado diferente da maioria, você tem de ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente, ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá de estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar, enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende da dedicação.


Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão . E ilusão não tira ninguém do lugar onde está. Ilusão é combustível de perdedores.
 
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA."
 

'Vacina de células' controla vírus da Aids


Um estudo que envolveu 36 pessoas já contaminadas com o vírus da Aids mostrou que é possível controlar o HIV usando uma vacina terapêutica --embora o resultado ainda esteja longe de uma cura.

Cientistas na Espanha, na França e nos EUA usaram os vírus presentes no organismo dos próprios pacientes portadores do HIV para "adestrar" células do sistema de defesa do organismo deles.

Depois, tais células foram devolvidas para a corrente sanguínea dos pacientes. O resultado: mesmo tendo parado de tomar o coquetel de drogas antirretrovirais (hoje a única defesa de quem já foi infectado), a maioria dos soropositivos ficou com níveis baixos de HIV no sangue.


Editoria de arte/Folhapress

O problema, no entanto, é que o controle do vírus foi temporário, perdendo força a partir de 24 semanas depois que a "vacina de células" foi aplicada pelos cientistas, o que vai exigir mais refinamento do método antes que testes maiores aconteçam.

A pesquisa, que está na edição desta semana da revista especializada americana "Science Translational Medicine", foi coordenada por Felipe García, da Universidade de Barcelona.

Truque misterioso


O grande objetivo desse e de outros estudos parecidos é realizar com sucesso um truque que alguns soropositivos operam naturalmente.

O organismo dessas pessoas, apelidadas de "controladores de elite", consegue evitar que a multiplicação do HIV saia do controle, além de não perder células do sistema de defesa do organismo.

Tudo indica que tais pacientes conseguem realizar esse feito porque o sistema de defesa de seu organismo é capaz de reconhecer e atacar o HIV com eficácia. O plano, portanto, é óbvio: achar uma maneira artificial de replicar essa estratégia.

Isso permitiria que os pacientes deixassem de lado o consumo perpétuo do coquetel de medicamentos antirretrovirais, que é caro e traz diversos efeitos colaterais.

É aí que entram as chamadas células dendríticas, componentes do sistema de defesa do organismo que levam, por exemplo, pedaços de vírus para outras células de defesa. É esse transporte de informação sobre o inimigo que leva a uma resposta específica contra ele.

No estudo, as células dendríticas, cultivadas a partir de tecidos dos próprios pacientes, foram colocadas em contato com o HIV retirado do organismo deles --mas só depois que o vírus foi inutilizado por meio do emprego de calor (veja quadro acima).

O sucesso apenas temporário da estratégia ainda precisa ser mais estudado, dizem os pesquisadores.

Antes da aplicação da vacina terapêutica, os pacientes ficaram um tempo sem receber os remédios anti-HIV para que os pesquisadores pudessem medir a contagem do vírus em seu sangue e comparar o "antes" e o "depois" da vacinação.

Isso pode ter dado ao parasita um certo fôlego, digamos, para que ele voltasse a se multiplicar mesmo após a imunização. Em princípio, seria possível resolver isso aplicando diversas doses da "vacina de células" --uma tática que é usada no caso das vacinas convencionais.

Outra possibilidade, dizem os cientistas, seria vacinas as pessoas enquanto elas ainda estão tomando os remédios.

POR: REINALDO JOSÉ LOPES

EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE" – FOLHA DE SÃO PAULO - ON LINE

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Alívio na gravidez


Cientistas brasileiros desenvolvem droga pioneira para tratar hipertensão que atinge até 7% das mulheres gestantes do país
A pré-eclampsia, doença específica da gravidez, se caracteriza pelo aumento da pressão arterial, inchaço nas pernas e nos pés e presença de proteína na urina, sintomas que aparecem na segunda metade da gestação. Ela pode evoluir para uma forma grave, a eclampsia, em que a paciente apresenta convulsões. Essa doença é responsável por cerca de 40% das mortes (687 mulheres) decorrentes da gestação e do parto no país que resultaram num total de 1.719 casos em 2010. Estima-se que entre 5% e 7% das grávidas brasileiras desenvolvem a pré-eclampsia e que a eclampsia se manifesta em 1,3 caso para cada mil partos, variando de 0,6 nos países desenvolvidos a 4,5 nas nações em desenvolvimento. Apesar da alta incidência na população, as causas dessas enfermidades ainda não foram bem estabelecidas e não existem medicamentos no mercado direcionados especificamente para seu tratamento porque os remédios tradicionais podem colocar em risco o desenvolvimento do feto. A dificuldade no tratamento pode ser superada em breve porque um inédito medicamento anti-hipertensivo para o período da gravidez desenvolvido por um grupo de pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da empresa União Química já passou na primeira fase dos testes clínicos.

“Entre 2009 e 2011, aplicamos a formulação em um grupo de 14 gestantes com pré-eclampsia grave, no qual a interrupção da gravidez era recomendada, e vimos que ela melhorou a função dos vasos sanguíneos, sem ter sido tóxica nem para as mães nem para os fetos”, afirma o médico Robson Augusto Souza dos Santos, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG. A droga é baseada em um peptídeo (fragmento de proteína) produzido pelo próprio organismo humano, a angiotensina 1-7, que atua no controle cardiovascular, ajudando a dilatar as paredes das artérias. Em grávidas que sofrem de pré-eclampsia há uma redução dos níveis dessa substância no plasma sanguíneo. O próximo passo da pesquisa, previsto para o primeiro semestre de 2013, é ampliar os ensaios para uma amostragem maior, de 100 mulheres, e, depois, envolver outros centros de pesquisa do país e, possivelmente, do exterior – o chamado estudo multicêntrico.
“Imaginamos a conclusão de todos os testes clínicos em dois anos e, numa previsão conservadora, o medicamento poderá ser lançado dentro de cinco anos. Esse prazo irá depender da parte regulatória dos órgãos competentes”, diz Santos, que também coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanobiofarmacêutica (INCT-Nanobiofar), com sede na UFMG. Santos é também sócio-fundador da Labfar, empresa spin-off, originada do mesmo INCT, voltada à inovação farmacêutica, química, veterinária, cosmética e de equipamentos médicos.
Tanto o Nanobiofar quanto a Labfar participam do desenvolvimento da droga, da mesma forma que a União Química, de capital nacional, que licenciou da UFMG patentes relacionadas ao medicamento.




A angiotensina 1-7, ou, simplesmente, ang-(1-7), é uma substância composta por sete aminoácidos que faz parte de um sistema denominado renina-angiotensina (SRA), formado por um conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial. Em linhas gerais, o controle da pressão arterial em pacientes hipertensos centra-se na angiotensina I, hormônio produzido na circulação sanguínea. Quando o sangue entra pelos pulmões, a enzima conversora de angiotensina (ECA) transforma a angiotensina I em angiotensina II, enzima apontada como a maior responsável pela hipertensão ao fazer as artérias se estreitarem, além de estimular a liberação de outros hormônios que elevam a pressão sanguínea. As drogas hipertensivas convencionais visam impedir que a ECA quebre a angiotensina I e tentam bloquear os efeitos da angiotensina II. Assim, agem para inibir o aumento da pressão. A ação do medicamento desenvolvido em Minas Gerais é outra. Ele atua no mecanismo fisiológico da mulher normalizando a concentração no plasma sanguíneo da angiotensina 1-7, substância que tem propriedades vasodilatadoras (ver a ação da nova droga no infográfico abaixo).
“Os medicamentos atuais para controle da pressão atuam no mecanismo vasoconstritor do sistema renina-angiotensina e não são endógenos, ou seja, produzidos pelo próprio organismo, mas moléculas feitas em laboratório. Por esse motivo, apresentam efeitos colaterais”, explica o coordenador do INCT-Nanobiofar. “A droga que estamos desenvolvendo não proporciona esse problema por ser o próprio peptídeo sintetizado por meios bioquímicos, mas com a mesma composição do existente no corpo humano.” De acordo com Santos, o medicamento, quando finalizado, também poderá ser usado para tratar hipertensão arterial geral. “Estudos prévios mostraram que a droga reduziu a pressão arterial de ratos hipertensos. O próximo passo será testar em humanos”, diz.
Assistência pré-natal

“A proposta parece boa. A angiotensina 1-7 se constitui em parte ativa do sistema renina-angiotensina, tendo sido demonstrado ser um agente vasodilatador, portanto atuando como anti-hipertensivo”, diz o médico José Carlos Peraçoli, professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu. “Não existe tratamento que determine a cura da pré-eclampsia, com exceção do fim da gestação. A prevenção da doença é uma das principais metas da assistência pré-natal.”
Até a década de 1980, a existência da angiotensina 1-7 era desconhecida e acreditava-se que o sistema renina-angiotensina era apenas vasoconstritor, ou seja, produzia somente efeitos maléficos – como a hipertensão – quando ativado de forma inadequada. Em 1980, no entanto, Santos descobriu, durante seu pós-doutorado na Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, que a ang-(1-7) era o principal produto da angiotensina I. “A primeira demonstração do efeito biológico dessa angiotensina foi feito em um estudo realizado em hipotálamo e hipófise de ratos, publicado na revista Proceedings of National Academy of Science (PNAS), em 1988”, lembra Santos. No ano seguinte, a pesquisadora brasileira Maria José Campagnole-Santos demonstrou os efeitos cardiovasculares dessa angiotensina em um rato vivo. Desde então, centenas de artigos já foram publicados sobre o tema.



De volta ao Brasil, o médico vislumbrou a possibilidade de desenvolver um medicamento anti-hipertensivo baseado na ang-(1-7). A pesquisa começou na UFMG, inicialmente no ICB, e as primeiras formulações ficaram prontas em 2003. Dois anos depois, a UFMG transferiu as formulações da nova droga, uma endovenosa e outra via oral, para a União Química. A empresa licenciou a patente das formulações e passou a integrar a equipe responsável por seu desenvolvimento. O INCT-Nanobiofar já entrou com o pedido de cerca de 15 patentes relacionadas à exploração do potencial terapêutico da ang-(1-7), sendo oito já concedidas.

Os recursos financeiros para realização dos testes clínicos no grupo de 14 grávidas foram aportados pela União Química e pelo Nanobiofar, que é financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fapemig, além de verba da própria UFMG, foram importantes para desenvolver o conceito e as formulações da angiotensina 1-7. Essa etapa teve a participação do professor Ruben Sinisterra Millán, do Departamento de Química da UFMG”, diz Santos. “Apenas em 2012 investimos R$ 1 milhão no projeto, utilizados na montagem de laboratórios e compra de equipamentos”, diz Miguel Giudicissi Filho, diretor médico da União Química.
A Labfar entrou no projeto em 2010 para coordenar os ensaios clínicos e fazer a parte analítica da pesquisa. A empresa tem a divisão Ang-Tec que oferece ao mercado o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos baseados na plataforma tecnológica da angiotensina 1-7. A Labfar também está envolvida em uma parceria internacional, com a empresa austríaca Attoquant, que poderá participar da nova fase de testes da angiotensina 1-7.
A formulação endovenosa foi utilizada nos testes clínicos realizados até agora na fase 2A (com um grupo reduzido de grávidas) e será empregada nos ensaios programados para o início de 2013, com 100 gestantes que sofrem da doença. Para esses testes, a União Química já aprovou investimento de R$ 400 mil a R$ 500 mil. A formulação oral já foi testada em camundongos e, a partir de 2013, será administrada em humanos saudáveis e pacientes hipertensos. “O grupo de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] da empresa, em Brasília, desenvolveu recentemente cápsulas de angiotensina 1-7 com três dosagens, de 0,35, 1,75 e 7 miligramas, com assessoria do professor Robson, indicadas para mulheres na pré-eclampsia, quando o quadro é reversível. As pacientes com eclampsia, na fase aguda, precisam tomar a injetável”, diz Giudicissi Filho.
“Essas etapas são necessárias para garantir a segurança no uso do medicamento. Se tudo der certo, essa rota poderá ser utilizada em mulheres com risco de desenvolver pré-eclampsia”, destaca Santos. Ele informa, também, que para alcançar com mais facilidade o mercado mundial será importante fechar parcerias internacionais. “Conversas iniciais com investidores de fora do país estão em andamento com essa finalidade”, diz o pesquisador, sem revelar o nome dos envolvidos. “A ideia é lançar o anti-hipertensivo no Brasil e fazer parcerias internacionais para ocupar um importante espaço no mercado externo”, diz Fernando de Castro Marques, presidente da União Química. n
*Com colaboração de Dinorah Ereno

POR: YURI VASCONCELOS | Edição 203 - Janeiro de 2013 REVISTA FAPESP
IMAGENS:  © MARIANA ZANETTI
Artigos científicos

Ferreira, A.J.; R.A. Santos et al.
Angiotensin- (1-7)/angiotensin-converting enzyme 2/mas receptor axis and related mechanisms. International Journal of Hypertension. Publicado on-line em 9 abr. 2012.
M. T. Schiavone; R. A. Santos et al. Release of vasopressin from the rat hypothalamo-neurohypophysial system by angiotensin-(1-7) heptapeptide. Proceedings of the National Academy of Sciences. v. 85, n. 11, p. 4.095-98. jun. 1988.

EXAME DE SANGUE QUE DETECTA SÍNDROME DE DOWN CHEGA AO PAÍS



Laboratórios brasileiros começam a oferecer um exame de sangue para gestantes que detecta problemas cromossômicos no feto a partir da nona semana de gravidez.
O teste é colhido no consultório como um exame de sangue comum e vai para os EUA, onde é feita a análise do material genético do feto que fica circulando no sangue da mãe durante a gestação.
A versão mais completa é eficaz para detectar as síndromes de Down, Edwards, Patau, Turner, Klinefelter e triplo X e custa R$ 3.500 no IPGO (Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia), em São Paulo.
Nos próximos meses, o laboratório do hospital Albert Einstein e o Fleury também vão comercializar exames similares, que já estão disponíveis no mercado americano há pouco mais de um ano.
Hoje, o diagnóstico dessas síndromes congênitas é feito por meio do ultrassom e do exame do líquido amniótico ou da biópsia do vilo corial, em que é retirada uma amostra da placenta.
Esses testes são invasivos e trazem um risco de até 1% de abortamento.
Além de não aumentar o risco de complicações na gravidez, o novo teste pode ser feito antes dos tradicionais, indicados, em geral, a partir do início do quarto mês de gestação. O resultado fica pronto em cerca de 15 dias. Segundo o ginecologista Arnaldo Cambiaghi, diretor do IPGO, nenhuma amostra de sangue foi enviada para análise ainda.
O obstetra Eduardo Cordioli, coordenador-médico da maternidade do hospital Albert Einstein, lembra que, se o resultado do teste de sangue for positivo, o diagnóstico deve ser confirmado por meio da biópsia do vilo corial.
"O novo teste vai reduzir o número de biópsias feitas de forma desnecessária. Mas é preciso confirmar os resultados positivos."

ABORTOS

O problema é o que fazer diante de um resultado positivo. O aumento no número de abortos foi uma preocupação de grupos da sociedade civil na Europa e nos EUA após a aprovação desse tipo de teste nesses mercados.
No Brasil, o aborto é proibido a não ser em caso de anencefalia, violência sexual ou risco de vida para a gestante, mas estima-se que mais de 1 milhão de mulheres o pratiquem por ano.
"Por um lado, o exame vai tranquilizar a grande maioria que não vai ter problemas. Por outro, permite que os pais se preparem caso vão receber uma criança com alguma anomalia cromossômica", afirma Cambiaghi.
Entre as síndromes detectadas pelo exame, a de Edwards e a de Patau são praticamente incompatíveis com a vida, de acordo com Artur Dzik, diretor científico da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana.
Para ele, a entrada do teste no país não deve aumentar o número de abortos porque o acesso ao exame de preço alto será restrito e porque as mulheres que vão procurá-lo já teriam indicação para realizar os testes tradicionais. "Isso vai fazer parte do pré-natal de alto risco, para mulheres com mais de 38 anos."
No caso das síndromes de Patau e Edwards, afirma Cordioli, do Einstein, é possível pedir uma autorização judicial para realizar o aborto. "Mas cada caso é analisado separadamente."
Para síndrome de Down, anormalidade cromossômica mais comum, esse tipo de autorização não pode ser pedida, porque o problema não é incompatível com a vida.
Volnei Garrafa, professor titular de bioética da UnB (Universidade de Brasília), diz que a oferta de um teste como esse e as questões morais ligadas a ele deveriam passar por uma discussão ampla, em um conselho de bioética e no Congresso.
"Para interromper a gravidez, os pais teriam de pedir liminares. Como o Legislativo não faz as leis, o Judiciário acaba fazendo, o que é uma distorção da democracia."

"CRIANÇA COM DOWN NÃO É UM FARDO NA VIDA", DIZ MÃE


A advogada Maria Antônia Goulart, 37, e sua filha Beatriz, 2, em sua casa no Rio

A advogada Maria Antônia Goulart, 37, é coordenadora-geral do portal Movimento Down, que reúne informações sobre a síndrome. Sua filha Beatriz, de dois anos e meio, nasceu com down.

Ela comenta o novo exame de detecção precoce de síndrome de Down. "Descobrimos que a Beatriz tinha down quando ela nasceu. Quando a vi, ela estava ali e era minha filha, não um ser imaginário. Não tinha como não amar.
Nos exames de pré-natal, o ultrassom não deu alterações. Se na época tivesse o exame de sangue, seria melhor. Ficamos muito preocupados. A gente descobriu que tinha uma filha com isso e não sabíamos nada sobre a síndrome.
Quando descobrimos as doenças com maior incidência em quem tem down, demos graças da Deus por ela não ter nada. Se ela tivesse uma cardiopatia grave, não tínhamos um cardiologista lá, teria sido importante.
O exame pode dar um tempo a mais para os pais terem acesso a essas informações e vai permitir que as pessoas tomem sua decisão. Para qualquer mulher, cogitar e levar adiante a decisão de um aborto é algo muito duro. Ninguém toma essa decisão facilmente.
Quem quiser abortar vai abortar. Não cabe a mim julgar as decisões. Não acho que o jeito de resolver esse problema seja restringir o acesso à informação, à ciência.
O que acho importante como ativista e familiar de uma pessoa com down é esclarecer a sociedade de que ter um filho com a síndrome não é o fim do mundo. Tem cuidados a mais, mas é um filho que vai ter uma vida feliz, produtiva. Pessoas com síndrome de Down trabalham, namoram, têm vida social.
Julgar que as pessoas com a síndrome vão ter mais dificuldade é impedir que elas possam nos surpreender e elas sempre nos surpreendem. Hoje há mais campanhas nos meios de comunicação, temos o filme 'Colegas', com protagonistas com a síndrome, que decoram falas, compreendem a complexidade dos personagens, cumprem horários.
Isso dá a percepção de que eles podem ser felizes e acalma o coração de uma mãe que está num dilema como esse. Uma criança com down é mais um filho e não um fardo na sua vida."

Por: DÉBORA MISMETTI – EDITORA INTERINA DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

Imagens:   Exame: Editoria de Arte/Folhapress           Mãe e filha: Luciana Whitaker/Folhapress

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1218948-crianca-com-down-nao-e-um-fardo-na-vida-diz-mae.shtml  em 23/01/2013-04h41

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Bolsa Metodista com Enem 2012 – Prouni

DAS INSCRIÇÕES:

As inscrições para participação no processo de Bolsa Metodista - ENEM 2012 conforme as regras do Prouni referente ao 1º semestre de 2013 serão efetuadas em uma única etapa, exclusivamente pela internet, por meio do Portal Metodista, mediante o preenchimento da ficha de inscrição, no período das 12h do dia 16 de janeiro até as 22h do dia 21 de janeiro de 2013.
Foram destinadas 400 vagas para os cursos de graduação presencial no município de São Bernardo do Campo - SP.

DAS CONDIÇÕES DE INSCRIÇÃO:
Somente poderá se inscrever, candidato que atenda aos seguintes critérios:
  • Brasileiro não portador de diploma de curso superior;
  • Tenha cursado o Ensino Médio em escola da rede pública ou em instituição privada na condição de bolsista integral;
  • Apresentar notas do ENEM 2012 pois não haverá Processo Seletivo interno;
  • Atender aos requisitos de renda estabelecidos em lei: a bolsa de estudo integral será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 1 ½ (um e meio) salário mínimo. Bolsa de estudo parcial será concedida a aluno cuja renda familiar mensal per capita não exceda o valor de 3 (três) salários mínimos.

DOS RESULTADOS DA PRÉ-SELEÇÃO:
I – a METODISTA divulgará, às 18h do dia 22 de janeiro de 2013, na sua página na internet www.metodista.br , o resultado do processo de pré-seleção da 1º chamada.
O candidato pré-selecionado na 1º chamada da Bolsa Metodista, para curso de graduação presencial no município de São Bernardo do Campo deverá comparecer na Metodista de 24 a 30 de janeiro de 2013, para confirmação das informações prestadas em sua ficha de inscrição através da entrega da documentação solicitada.
O candidato deverá ficar atento às instruções quanto à confirmação da lista de aprovados no dia 05 de fevereiro visando à chamada de matrícula no dia 07 e 08 de fevereiro de 2013 conforme a lista dos cursos.
I I – a METODISTA divulgará, às 18h do dia 08 de fevereiro de 2013, em seu site, os candidatos pré-selecionados que participarão da 2º chamada.
O candidato pré-selecionado na 2º chamada para curso de graduação presencial no Município de São Bernardo deverá comparecer na Instituição nos dias 18 e 19/02/2013 para confirmação das informações prestadas em sua ficha de inscrição através da entrega da documentação e deverá ficar atento às instruções quanto ao resultado no site da Metodista – www.metodista.br visando à matrícula.

DOCUMENTOS PARA BOLSA METODISTA – ENEM 2012
COMPARECER COM ORIGINAL E CÓPIA DOS DOCUMENTOS ABAIXO
Grupo familiar: entende-se como grupo familiar, além do próprio candidato as pessoas que contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar, todas moradoras em um mesmo domicílio.
  • Histórico Escolar do Ensino Médio ou declaração da escola informando ter cursado todo o ensino médio na unidade escolar ou discriminado cada série com o nome da escola onde cursou;
  • Notas do ENEM;
  • Declaração de bolsa integral quando cursado ensino médio em escola particular.

Documentos do Grupo familiar:
  • RG e CPF do candidato (a) e de cada integrante do grupo familiar, e se menor sem RG, certidão de nascimento;
  • Certidão de casamento dos pais ou do candidato (a) se for o caso;
  • Candidato (a) ou pais separados, apresentar certidão com averbação da separação;
  • Candidato (a) ou pais que não sejam casados legalmente, apresentar declaração regularmente firmada em cartório atestando a existência da união estável;
  • Certidão de Óbito do(s) responsável (eis) do grupo familiar se for o caso;
  • Comprovante das condições de moradia: se financiada - a última prestação paga; se alugado-último recibo de pagamento e contrato de locação; se própria - o último IPTU (página do valor venal do imóvel); se em área não legalizada - declaração da Associação de Bairros (papel timbrado e carimbo na assinatura) ou Secretaria da Habitação; se cedida – declaração de próprio punho assinada de quem cede o imóvel;
  • Comprovante de endereço do candidato e de cada integrante do grupo familiar (água, luz, telefone, assistência médica e para menores, carteira de vacinação desde que contenha o endereço), na ausência de documentos apresentar declaração de próprio punho informando endereço;
  • Comprovante de rendimento do candidato e de cada integrante do seu grupo familiar:

- Registro recente e que ainda não recebeu holerite carteira profissional (página da foto, da qualificação civil e a página do registro do contrato de trabalho);
- Holerite para quem trabalha registrado (6 últimos meses);
- Contrato de estágio (quando estagiário (a) ou os 3 últimos recibos de pagamento);
- Decore original dos três últimos meses para trabalhadores autônomos e se contribuinte, as 3 últimas contribuições ao INSS;
- Contrato Social, Pró-labore e Distribuição de Lucros para proprietários e sócios de empresa;
- Pensão alimentícia - cópia da decisão judicial e comprovante do valor;
- Extrato de pagamento de benefício (detalhamento de crédito) para aposentados e pensionistas do INSS- www.previdencia.gov.br;
- Declaração de próprio punho assinada e com firma reconhecida para trabalhos informais contendo atividade de trabalho e renda média mensal;
- Declaração de próprio punho assinada e com firma reconhecida quando maior e sem atividade remunerada.
  • Carteira de Trabalho (páginas: da foto, da qualificação civil, do último contrato de trabalho e seguinte em branco);
  • Em caso de desemprego ocorrido no último ano apresentar rescisão contratual, comprovante do recebimento do Fundo de Garantia;
  • Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física do último exercício
(simplificada ou completa - incluindo recibo da entrega e todas as páginas da declaração) do candidato (a) e do grupo familiar;
  • Professores da rede pública comprovante de efetivo exercício do magistério da educação básica, integrando o quadro de pessoal permanente de instituição pública, emitido por esta;

  • Laudo médico atestando a espécie e o grau da deficiência, nos termos do art.4º do Decreto nº 3298, de 20 de dezembro de 1999, com a redação alterada pelo Decreto nº 5296, 2 de dezembro de 2004, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doença – CID, quando for o caso;

  • Candidato autodeclarado indígena – declaração do povo/grupo/comunidade indígena à qual pertence, ou de uma organização indígena, atestando a condição étnica, assinada por, ao menos, cinco lideranças reconhecidas pelo seu povo indígena, ou Registro Administrativo de Nascimento (RANI), estabelecido pela Portaria FUNAI nº 003/PRES, de 14 de janeiro de 2002.

  • Outros documentos que o Coordenador do Prouni julgar necessário.
Mais informações no site: http://www.metodista.br/area-do-aluno/bolsas-de-estudo/prouni-1/bolsa-metodista-com-enem-2012-2013-prouni-graduacao-presencial