Colaboradores

domingo, 29 de dezembro de 2013

FELIZ 2014!!!!

Desejamos aos alunos de 
Biomedicina e Biomédicos 
em especial aos da Biomedicina Metodista um
FELIZ 2014!!!!!!

Aos professores e alunos que participarão da 
São Silvestre, uma excelente corrida!

"Jamais haverá ano novo se continuar 
a copiar os erros dos anos velhos" Luís de Camões


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Para pessoas e plantas: Medicamento expectorante pode ser eficaz no controle de praga da laranja


© ALESSANDRA DE SOUZA / IAC
Xilema (verde) colonizado por Xylella fastidiosa
Xilema (verde) colonizado por Xylella fastidiosa
Enquanto dava xarope expectorante para o filho gripado, a bióloga Alessandra de Souza teve uma ideia: será que o medicamento poderia tratar a doença de laranjais que ocupa sua mente no âmbito profissional? A inspiração é menos inusitada do que parece quando se imaginam os sintomas da gripe numa criança e a anatomia de um pé de laranja. É que a bactéria Xylella fastidiosa, causadora da clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como praga do amarelinho pelas manchas que deixa nas folhas e nos frutos, toma a planta formando um biofilme que une a comunidade de microrganismos invasores. Romper esse biofilme no início de sua formação pode ser a melhor forma de combater a doença, que causa graves prejuízos à produção nacional de laranjas, afirma a bióloga Marie-Anne Van Sluys, da Universidade de São Paulo (USP), em reportagem na Edição Especial 50 anos da FAPESP. É justamente esse o objetivo de Alessandra, pesquisadora do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em Cordeirópolis, interior paulista.
E ela parece estar no caminho certo, conforme indicam resultados obtidos no mestrado de sua aluna Lígia Muranaka e publicados este ano na PLoS One. “A patogenicidade daXylella é próxima à de bactérias que causam infecções em seres humanos, com expressão gênica e mecanismos semelhantes”, afirma Alessandra. Por isso, ela já testou vários tipos de antibióticos, como a tetraciclina e a neomicina. “A Xylella é suscetível a esses medicamentos”, conta, “mas são muito caros para se usar na agricultura”. A pesquisadora explica que a formação do biofilme dentro da planta permite às bactérias se comunicarem entre si e se comportarem como um organismo único. Essa peculiaridade acaba por entupir os vasos do xilema, onde os microrganismos se alojam, e impede a passagem de nutrientes e água das raízes para a copa das árvores. Se é esse o mecanismo de ação da doença, talvez esteja aí mesmo a solução economicamente viável e que não cause impactos ambientais.
A N-acetilcisteína (NAC), princípio ativo do xarope que Alessandra deu ao filho, velho conhecido de quem costuma ter problemas respiratórios, é um agente mucolítico – ou seja, desmancha muco. “Ela desfaz o biofilme e desestrutura as proteínas de várias bactérias que infectam seres humanos, como Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Pseudomonas aeruginosa”, conta. O medicamento nunca tinha sido usado em plantas, mas sabendo, por meio de estudos do genoma funcional, que muitas das proteínas que promovem a adesão entre as bactérias X. fastidiosa dentro da laranjeira formam ligações entre si graças à cisteína, seu grupo partiu do pressuposto de que a medicação poderia ser eficaz para combater a clorose.
© RICHARD JANISSEN / UNICAMP, MICROSCÓPIO INFABIC
Bactérias vivas, com mutação fluorescente, no microscópio confocal
Bactérias vivas, com mutação fluorescente, no microscópio confocal
No laranjal
Deu certo em experimentos in vitro, mas uma coisa é a teoria ou a ação em bactérias cultivadas em placas de vidro no laboratório, outra muito diferente é aplicar o conhecimento às bactérias ativas nos laranjais. No primeiro experimento em plantas inteiras, o grupo de Alessandra aplicou NAC em laranjeiras mantidas num sistema hidropônico, em que as raízes são diretamente expostas à medicação. Os resultados foram promissores: o número de folhas com manchas amarelas e a quantidade de bactérias diminuíram nas plantas medicadas. Mas, para manter o controle, era preciso suprir a planta quase continuamente com o medicamento. Se fosse retirado, em três meses os sintomas voltavam.

Um experimento mais realista (“afinal, laranjeiras não crescem em hidroponia”, lembra Alessandra), em que plantas foram irrigadas com uma solução que incluía NAC e, em alguns casos, tinham o fármaco injetado nas raízes, teve resultados semelhantes. Mas a ação positiva do mucolítico era promissora o suficiente para que a equipe, que também incluía pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), buscasse uma maneira mais eficaz de aplicá-lo.
“Fizemos uma parceria sem fins lucrativos com uma empresa de fertilizantes orgânicos”, conta Alessandra. A fabricante, Agrolatino, desenvolveu uma forma de inserir NAC no fertilizante granulado, de maneira que a liberação do medicamento seria gradual. Dessa vez os sintomas tiveram uma redução ainda maior por um tempo mais longo, por volta de oito meses depois da aplicação. Essa solução pode ser viável para controlar a clorose variegada dos citros em plantações reais, mas Alessandra ainda vê potencial para melhorar. “Estamos estudando como fazer para que a liberação seja ainda mais lenta, usando NAC nanoencapsulado.” Ainda é preciso avaliar a eficácia em campo desse tipo de tratamento, por isso ele está sendo testado em parceria com o setor citrícola.
Dentro do xilema
A trajetória que Alessandra vem seguindo começa na iniciativa ambiciosa que sequenciou o genoma da X. fastidiosa (ver Edição Especial 50 Anos de FAPESP), quando ela acabara de concluir o mestrado e foi trabalhar no IAC com Marcos Machado, coordenador de um dos grupos de trabalho do projeto em que a FAPESP investiu US$ 12 milhões e que veio a ser um marco da maturidade da comunidade científica brasileira. Ela está entre os 116 autores do artigo publicado na Nature em julho de 2000 com os resultados do primeiro projeto genômico do país e encontrou nesses resultados a substância para seu doutorado, em que investigou os genes envolvidos com a patogenicidade e a formação de biofilme nessa bactéria. Vem daí o título da palestra que apresentou no Congresso Brasileiro de Fitopatologia, que aconteceu em Ouro Preto em outubro deste ano: “O genoma da Xylella fastidiosa: 13 anos após o ‘momento de glória’, onde estamos?”. A resposta muito abreviada é que o investimento numa empreitada controversa, centrada num organismo até então mais afamado (mesmo que mal) entre produtores de laranjas do que entre pesquisadores, não para de render frutos. E continua a se ramificar em diversas áreas da ciência.

Enquanto testa na prática como controlar a doença que é o pesadelo dos citricultores e em 2009 ainda acometia 35% dos laranjais, a mesma cifra registrada uma década antes, Alessandra encontrou na física parceiros para entender em maior detalhe como aX. fastidiosa forma o biofilme que lhe permite infectar as plantas. A pesquisa liderada por Mônica Cotta, da Unicamp, é independente daquela feita no IAC, mas complementar. “Temos agora um modelo de adesão completo, que nos permite entender o que a Xylella faz em todas as superfícies”, conta. A escala é bem diferente, em contraste com os laranjais em que Alessandra espalha o olhar. A principal ferramenta de trabalho da física são microscópios sofisticados, como o de força atômica e o confocal com spinning disk, este último no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fotônica Aplicada à Biologia Celular (Infabic), coordenado por Hernandes Carvalho, da Unicamp.
© HELVECIO DELLA COLETTA FILHO / IAC
Os frutos das plantas doentes 
são menores
Os frutos das plantas doentes 
são menores
Com esses equipamentos, o grupo de Mônica consegue observar como as bactérias se comportam em diferentes superfícies, principalmente no que diz respeito à formação do biofilme. Ela está quase conseguindo responder à pergunta fortuita que Alessandra lhe fez quando se conheceram, em 2007: por que elas ficam “de pé” no final do ciclo de cultivo em laboratório, passados 30 dias? Elas são pequenos bastões cilíndricos e de fato ficam apoiadas numa das pontas em determinadas situações, mas o que importa por enquanto é que a abordagem física mostrou que cultivar essa bactéria em placas de vidro para observação ao microscópio eletrônico não é suficiente para entendê-la, já que as condições em que vivem fazem toda a diferença.
Mônica fez valer sua expertise em microscopia e usou substratos mais próximos ao natural – dois tipos de celulose –, além do vidro. “Primeiro ela adere, depois secreta os exopolissacarídeos para formar uma cápsula e em seguida o biofilme”, explica. Um artigo publicado em setembro na PLoS One, parte principal do doutorado de Gabriela Lorite, de sua equipe, mostra que o substrato causa variações importantes tanto no formato do biofilme como de suas bordas. “Ela adora silício e não gosta de celulose”, conta a física, que construiu sua carreira no estudo de materiais e parece ter se afeiçoado ao organismo que a aproximou do mundo biológico. Entre os dois tipos de celulose que produziu no laboratório, o acetato de celulose é mais rugoso e menos confortável para a Xylella, que não consegue cobrir a superfície toda. Já a etilcelulose tem irregularidades menores, onde a bactéria adere melhor. “São tipos de rugosidade diferentes, como se fossem os Alpes e a serra da Mantiqueira”, compara.
Adesão física
Mas a rugosidade não é a variável mais determinante na adesão, e as técnicas acopladas à microscopia permitem manipulações muito minuciosas para detalhar esse processo. Mônica consegue, por exemplo, prender à ponta do microscópio de força atômica uma proteína que a Xylella produz no início do ciclo infeccioso. Ao cutucar as bactérias com essa substância, os pesquisadores as induzem à adesão e medem a força de interação entre o organismo e o substrato. “Verificamos que as bactérias gostam mais de umas regiões do que outras.” No silício e na etilcelulose, os experimentos indicam que quase sempre pelo menos uma das proteínas se liga ao substrato. O mesmo não aconteceu no acetato de celulose, em que a adesão só foi observada em 20% dos casos. A conclusão mais geral do trabalho é que a Xylella tem maior tendência a se fixar em superfícies eletricamente mais uniformes, com carga positiva, além de hidrofílicas (que atraem a água).

Os estudos feitos até agora pelo grupo de Mônica são o início da compreensão de como o biofilme se instala e se espraia pelo xilema das laranjeiras. Tirando proveito da característica que dá nome à bactéria e que permite observar sua dinâmica em tempo real – ela é fastidiosa, no sentido de lenta –, Mônica tem muitos planos à vista. Eles incluem estudar melhor como a expressão gênica influi na formação do biofilme, usar o brilho conferido pela proteína fluorescente verde (GFP, na sigla em inglês) para enxergar a sua dinâmica e, em consonância com o trabalho de Alessandra, aprimorar o entendimento da ação da NAC sobre as propriedades do biofilme ao longo de sua formação e desenvolvimento. Isso permitirá detalhar a sugestão de Marie-Anne, de que os momentos iniciais da infecção são cruciais.
© ALESSANDRA DE SOUZA / IAC
Lesões típicas da CVC nas folhas
Lesões típicas da CVC nas folhas
A maior resolução com que os físicos trabalham ajuda, inclusive, a redefinir os momentos iniciais do ponto de vista experimental. Quando Mônica disse a Alessandra que o biofilme já era detectável, embora ainda com poucas bactérias, seis horas após a inoculação da bactéria no meio de cultura, a bióloga recebeu a informação com descrédito. Afinal, ela só conseguia enxergar um conjunto de bactérias a partir de cinco dias de incubação.
Mônica ressalta que os avanços obtidos só são possíveis graças à interação constante, mesmo que esporádica, entre biólogos e físicos. Como disse um de seus alunos, depois de uma visita ao IAC: “Eles pensam diferente”. Esse pensar diferente é o que gera novas perguntas, novos olhares, e permite encontrar respostas inovadoras. Para ela, o uso de equipamentos multiusuários, em que a FAPESP investe bastante, é crucial nesse sentido. “Aprendemos a interagir com outras áreas, não apenas a usar o equipamento.”
Outra particularidade que a física da Unicamp vê como importante é o fato de ambos os laboratórios serem liderados por mulheres. “E tagarelas”, completa. As conexões que se revelaram frutíferas surgiram em conversas de hora de almoço nas quais interesses em comum vieram à tona e relações de trabalho se desenharam. Além disso, conta o fato de serem malabaristas que constantemente equilibram a vida pessoal e a profissional, a maternidade, as amizades e as colaborações. “As ideias nascem da experiência”, ressalta Mônica, lembrando a inspiração inicial da colega ao dar xarope ao filho.
Projetos
1. Características biológicas de Xylella fastidiosa em biofilme: importância de genes de adesão e adaptação na patogênese (2004/14576-2); Modalidade Programa Jovem Pesquisador; Coord. Alessandra Alves de Souza/IAC; Investimento R$ 205.432,59 (FAPESP)
2. Análise estrutural e química de biofilmes de Xylella fastidiosa (2010/51748-7);Modalidade Linha Regular de Auxílio a Projeto de Pesquisa; Coord. Mônica Alonso Cotta/Unicamp; Investimento R$ 187.405,53 (FAPESP)

Artigos científicos
MURANAKA, L. S. et al. N-Acetylcysteine in agriculture, a novel use for an old molecule: focus on controlling the plant-pathogen Xylella fastidiosa. PLoS One. v. 8, n. 8, e72937. ago. 2013.
LORITE, G. S. et al. Surface physicochemical properties at the micro and nano length scales: role on bacterial adhesion and Xylella fastidiosa biofilm development. PLoS One. v. 8, n. 9, e75247. set. 2013.

Fonte: Revista Fapesp - 12/2013
Por: Maria Guimarães


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Toxina da carambola é isolada: Fruta abundante no Brasil é ameaça a pacientes com doenças renais


© DEUSXFLORIDA / FLICKR
Pesquisadores da USP conseguiram isolar e caracterizar substância como caramboxina, para facilitar a associação com o nome do fruto Averrhoa carambola (foto)
Pesquisadores da USP conseguiram isolar e caracterizar a substância caramboxina, para facilitar a associação com o nome do fruto Averrhoa carambola (foto)
Comer carambola ou tomar seu suco pode ser fatal para pacientes com insuficiência renal crônica devido a uma toxina presente na fruta que deixa de ser filtrada pelos rins. A novidade é que pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram isolar e caracterizar a toxina para entender como ela age no organismo. Os autores batizaram a substância de caramboxina, para facilitar a associação com o nome do fruto Averrhoa carambola. O estudo, que busca alertar para os perigos da ingestão da toxina, estampou a capa da edição do dia 7 de novembro da revista Angewandte Chemie International, com status de VIP (Very Important Paper).
Os estudos começaram em 1998 e os primeiros resultados surgiram no início dos anos 2000. O isolamento da substância não foi tarefa fácil, porque a caramboxina, quando misturada em água e armazenada em temperatura ambiente, sofre uma reação que altera sua configuração e a torna completamente inativa. Segundo os pesquisadores Norberto Peporine Lopes e Norberto Garcia-Cairasco, professores respectivamente da Escola de Ciências Farmacêuticas e da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o trabalho exigiu a união de esforços de uma equipe multidisciplinar, como nefrologistas clínicos, neurocientistas básicos e químicos estruturais e de síntese. As frutas usadas para isolar e estruturar a toxina foram colhidas de árvores que não foram tratados com pesticidas.
Testes com extrato bruto de carambola (suco) foram feitos em animais de laboratório com insuficiência renal, a fim de simular a situação dos pacientes, descrevem os responsáveis pela pesquisa. “Os animais tomaram o suco concentrado, o que produziu efeitos semelhantes aos de pacientes nas mesmas condições, incluindo convulsões e eventuais óbitos”, explica Garcia-Cairasco, lembrando que é impossível comprovar tais sintomas sem o uso de modelos animais. Os dados mais conclusivos sobre caracterização neuroquímica e neurofarmacológica da toxina foram obtidos em modelos in vitro.
Quando o fruto e/ou seu suco são consumidos por pacientes acometidos de insuficiência renal ou lesão aguda nos rins, ou por indivíduos diabéticos, a caramboxina pode induzir crises de soluços, vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões prolongadas (estado de mal epiléptico) e até a morte. Embora pessoas sem histórico de problemas renais não corram riscos, os pesquisadores recomendam que se evite abuso no consumo da carambola. Isso porque seu teor de ácido oxálico pode eventualmente produzir cálculos renais em indivíduos mais sensíveis. Isto predisporia aos efeitos neurotóxicos da caramboxina, afirma o professor Garcia-Cairasco.
Para os pesquisadores, os resultados do estudo podem ajudar a criar ferramentas para estudos de processos de excitabilidade e neurodegeneração do sistema nervoso ou mesmo para a produção de eventuais substâncias chamadas antagonistas. Para mais informações, acesse um estudo anterior que está disponível na Biblioteca Virtual.
Projeto
Desenvolvimento de uma plataforma para o estudo do metabolismo in vivo e in vitrode produtos naturais, uma necessidade para o sistema de ensaios pré-clínicos (nº 09/51812-0); Modalidade: Auxílio à Pesquisa – Programa BIOTA – Temático;Coord.: Norberto Peporine Lopes/USP; Investimento: R$ 1.563.792,01 (FAPESP)

Artigo
GARCIA-CAIRASCO, N. et al. Elucidating the Neurotoxicity of the Star Fruit.Angewandte Chemie. 2013

Fonte: Revista Fapesp on line 
Por:  Júlio César 


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL BIOMÉDICOS!!!!

Desejamos a todos os estudantes 
de Biomedicina e Biomédicos, 
em especial aos da Biomedicina Metodista
um FELIZ NATAL!!!!!!!
Abraços


domingo, 22 de dezembro de 2013

Movimentos sob controle : Compostos parecem reduzir um grave efeito colateral do tratamento do Parkinson

© LAUREN SHEAR / SCIENCE PHOTO LIBRARY

Encontrar estratégias para minimizar um dos efeitos colaterais mais comuns do tratamento prolongado contra Parkinson, os movimentos repetitivos e involuntários conhecidos pelo termo técnico discinesia, é um dos desafios atuais dos grupos que estudam a doença. Trabalhos feitos pelo grupo de Elaine Del-Bel, do Departamento de Morfologia,  Fisiologia e Patologia Básica da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), sugerem que o controle dessa disfunção pode ser alcançado se for possível regular a quantidade de óxido nítrico no cérebro, onde o composto atua como neurotransmissor. O uso de duas substâncias, uma que inibe a ação do óxido nítrico e um conhecido corante, para controlar a produção desse neurotransmissor, foi testado em animais e os resultados foram animadores. “O óxido nítrico deve atuar em conjunto com a dopamina [outro neurotransmissor] para que os movimentos aconteçam com harmonia. Ao modular o primeiro neurotransmissor, controlamos também os níveis do segundo, fazendo desaparecer a discinesia”, explica a pesquisadora, cujos estudos são conduzidos no âmbito de um projeto temático da FAPESP.
No tratamento do Parkinson, quando se chega a um estágio em que a pessoa já não consegue mais controlar tremores nas mãos e nas pernas e tem dificuldades para se levantar da cadeira ou assinar o próprio nome, por exemplo, os médicos costumam recomendar o uso de remédios compostos à base de uma substância chamada Levodopa (ou somente L-Dopa). Ela é precursora da dopamina, neurotransmissor associado aos movimentos e que é produzido em quantidade insuficiente no cérebro de pacientes com a doença – daí as limitações motoras. Com a regulação da dopamina, os tremores tendem a desaparecer e o controle da movimentação retorna a um nível satisfatório.
Esse período de recuperação, a fase de “lua de mel” da doença, permite ao paciente ganhos consideráveis, pois ele volta a dar conta com relativa facilidade de tarefas cotidianas e triviais, como usar talheres e segurar copos, sem riscos de derrubá-los. Os benefícios, no entanto, têm prazo de validade. Duram em média cinco anos. Depois desse período, por razões ainda pouco conhecidas, as tremedeiras involuntárias ressurgem, ainda mais fortes e agressivas. É quando se manifesta a discinesia, disfunção que pode fazer o paciente mover involuntariamente os músculos da face, dos braços e das pernas. Em grego, a palavra kínesis significa movimento.

Reação em cadeia
Num primeiro trabalho, publicado em janeiro de 2009 na revista Neuroscience, o grupo de Ribeirão Preto inicialmente induziu Parkinson em ratos, injetando toxinas nos neurônios responsáveis pela produção de dopamina e aguardando que as lesões provocadas atingissem cerca de 80% das células nervosas, para simular o estágio avançado da doença. Os animais foram em seguida tratados com a L-Dopa até que surgissem os sintomas da discinesia. Por fim, os pesquisadores aplicaram nos ratos o composto 7-nitro-indazol, que inibe a ação de enzimas importantes para a produção do óxido nítrico. A esperada reação em cadeia funcionou. Com menor quantidade do neurotransmissor no sistema nervoso, os movimentos involuntários praticamente desapareceram.
A pesquisadora lembra que a investigação sobre os efeitos do óxido nítrico não foi aleatória. “Já sabíamos que ele é um neurotransmissor fabricado sob demanda, de acordo com as necessidades do organismo, altamente solúvel, que atua em muitos neurônios e, principalmente, que pode modular a atividade de outros neurotransmissores”, explica Elaine. Ela reconhece que essas associações ainda precisam ser estudadas e complementadas: “A discinesia é um quadro complexo e envolve a degeneração celular e a ação de diversos neurotransmissores”. No entanto, os resultados do estudo mostram que, ao regular a quantidade de óxido nítrico, controla-se por tabela o nível de dopamina no cérebro e, por consequência, a discinesia. Nesses casos, a eliminação parcial ou por completo dos sinais da discinesia pode se dar graças a um efeito conhecido como turnover da dopamina. “Com apenas uma dose do composto 7-nitro-indazol, a discinesia desaparece, e o animal consegue recuperar quase 100% dos movimentos. Se fôssemos transportar para seres humanos, seria como dizer que retornam à fase de lua de mel do tratamento da doença. Foi a primeira vez que essa relação foi identificada”, afirma Elaine, que neste ano publicou outros dois artigos sobre o papel do óxido nítrico no controle da discinesia.

© EDUARDO CESAR
Azul de metileno: corante em teste contra discinesia
Azul de metileno: corante em teste contra discinesia

Na sequência, os pesquisadores decidiram avançar um pouco mais para apostar em outra ideia promissora: substituir o 7-nitro-indazol pelo azul de metileno, substância também conhecida por impedir a ação do óxido nítrico. “A vantagem do azul de metileno em relação ao 7-nitro-indazol é que ele já é largamente usado em testes clínicos em seres humanos e até mesmo em tratamentos de infecções em unidades de terapia intensiva”, diz a pesquisadora. Mais uma vez a expectativa foi confirmada: a discinesia retrocedeu. O corante provavelmente reduziu a disponibilidade de óxido nítrico no sistema nervoso. “Essa foi a segunda evidência desse mecanismo de associação entre os dois neurotransmissores”, diz Elaine. O estudo é desenvolvido em colaboração com o neurologista Vitor Tumas, responsável pelo Ambulatório dos Distúrbios do Movimento do Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto, que deverá testar o azul de metileno em pacientes humanos com discinesia. “Essa linha de pesquisa vem oferecendo contribuições bastante originais, incluindo os primeiros estudos a indicar o papel que o óxido nítrico pode ter no controle motor, e sugere possíveis testes clínicos e aplicações terapêuticas”, comenta Francisco Silveira Guimarães, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, coordenador do projeto temático.
Para Henrique Ballalai Ferraz, professor de neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o trabalho dos colegas da USP de Ribeirão Preto representa avanços importantes, mas ainda não encerra a questão do controle das discinesias. “O grupo olhou para uma faceta relevante, que ainda não tinha sido evidenciada, mas ela não é a solução definitiva”, afirma Ferraz. Segundo ele, trabalhos internacionais mostram que a modulação de outros neurotransmissores, como a adenosina, a serotonina e o glutamato, também permite estabilizar os movimentos em pacientes com Parkinson. “A questão é mais ampla. A discinesia envolve vários sistemas de neurotransmissores”, diz o pesquisador da Unifesp.
Descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson (1755-1824), a doença se manifesta quando os neurônios da chamada substância negra, que ficam no tronco cerebral, morrem e deixam de produzir dopamina. Como um neurônio pode ser comparado a uma árvore, com vários galhos, ramificações e distintas conexões, há redução também do neurotransmissor nos neurônios dos núcleos da base, localizados abaixo do córtex cerebral. Essa região, em parceria com o córtex motor, é a principal responsável pelos movimentos voluntários. “O complicado é que o diagnóstico só pode ser definido com segurança a partir da manifestação dos sintomas motores, que são bem característicos, e quando a doença já está geralmente em estágio bem avançado e cerca de 80% da dopamina já desapareceu”, diz Elaine. Inicia-se então o tratamento com a L-Dopa.
Por conta de mecanismos ainda não completamente esclarecidos, a substância funciona bem no início do tratamento, mas seu uso regular e contínuo faz surgir como efeito colateral a discinesia. “Provavelmente o que acontece é uma maior quantidade de dopamina no cérebro, associada a complicados processos decorrentes da morte de neurônios. A liberação do neurotransmissor não é natural, fisiológica, mas induzida por medicamentos no organismo. Como ação rebote, os movimentos involuntários anormais aparecem”, comenta Elaine.

© LÉO RAMOS
Exercício físico: melhora cognitiva dos pacientes com a doença
Exercício físico: melhora cognitiva dos pacientes com a doença

Os possíveis benefícios de exercitar corpo e mente
Além de procurar marcadores que possam antecipar o diagnóstico do Parkinson 
e testar formas de reduzir os efeitos colaterais do tratamento prolongado, as pesquisas buscam garantir uma maior qualidade de vida aos pacientes, que sofrem de uma doença progressiva e irreversível. Na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus de Rio Claro, Lilian Teresa Bucken Gobbi analisou os efeitos de diferentes exercícios, físicos e cognitivos, em pacientes com Parkinson. Como qualquer movimento feito pelo corpo exige dopamina, os médicos tendem a recomendar menos atividades físicas para os pacientes com Parkinson, para não gastar reservas daquilo que já é produzido em menor quantidade. Mas a literatura médica indica que adultos sadios que fazem exercícios têm menor probabilidade de desenvolver a doença. “Costuramos as duas informações, aparentemente contraditórias, e resolvemos investigar”, diz Lilian, coordenadora do Laboratório de Estudos da Postura e da Locomoção (Leplo) da Unesp.
Ela trabalhou com três grupos de pacientes, que cumpriram duas sessões semanais de exercícios, cada uma com uma hora de duração. O primeiro grupo fez ginástica geral (musculação, movimentos rítmicos e de flexibilidade); o segundo, além da ginástica geral, adotou caminhadas que exigiam sair 
do ambiente conhecido para enfrentar outros trajetos com piso irregular, por exemplo, com intuito de estimular a atenção e o sistema sensorial. O terceiro, chamado de ativaMente, enfrentou desafios lógicos e matemáticos. 
O estudo deve durar três anos– e os participantes de cada equipe, a cada ano, irão trocar os exercícios, até que tenham circulado por todas as abordagens propostas.“É um trabalho de longa duração”, diz Lilian.
Os primeiros resultados são animadores. Depois de quatro meses, pacientes dos três grupos conseguiram melhorar as variáveis cognitivas da doença. “Em um ano, é esperado que, nos testes cognitivos usados para avaliar Parkinson, os pacientes piorem em média oito pontos. Com os exercícios, físicos ou mentais, não houve avanço nessa pontuação, e o quadro ficou estável”, diz. Uma explicação possível para a conquista é a plasticidade cerebral, com os neurônios que ainda funcionam, estimulados pelos exercícios, assumindo as funções dos que já morreram. “Além disso, as sessões de atividades aconteciam sempre no início da manhã, logo em seguida à administração dos remédios, e, atuando em conjunto, podem ajudar a equacionar a ação da droga no cérebro”, completa.

Projeto
Neurotransmissores típicos e atípicos em transtornos neuropsiquiátricos (07/03685-3); Modalidade Projeto Temático; Coord. Francisco Silveira Guimarães – FMRP/USP; Investimento R$ 1.947.653,25 (FAPESP).
Artigos científicos
DEL-BEL, E. et al. Counteraction by nitric oxide synthase inhibitor of neurochemical alterations of dopaminergic system in 6-OHDA-lesioned rats under L-Dopa treatment. Neurotoxicity Research. 27 jun. 2013.
PADOVAN-NETO, F.E. et al. Anti-dyskinetic effect of the neuronal nitric oxide synthase inhibitor is linked to decrease of FosB/deltaFosB expression. Neuroscience Letters. v. 541, p. 126-31. 29 abr. 2013.
PADOVAN-NETO, F.E. et al. Nitric oxide synthase inhibition attenuates L-Dopa-induced dyskinesias in a rodent model of Parkinson’s disease. Neuroscience. v. 159, p. 927-35. 2009. 

Fonte: Revista Fapesp - Edição 214 - dezembro/2013
Por: Francisco Bicudo

Gene favorece vício do crack

Uma alteração em um gene parece influenciar a preferência dos viciados em cocaína pela forma mais nociva da droga: o crack, a cocaína em pedra, que em geral é fumada. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) chegaram a essa conclusão ao comparar as alterações mais frequentes no gene que armazena a informação para produzir a enzima butirilcolinesterase (BCHE) e os hábitos de consumo de 698 dependentes de cocaína da capital paulista. Sintetizada pricipalmente pelo fígado, a BCHE degrada a cocaína no sangue, transformando-a em dois compostos inertes. Por isso, quanto maior a quantidade da forma ativa da enzima, menor a dose de cocaína que chega ao cérebro e menos intensos 
os efeitos da droga. Os pesquisadores confrontaram a frequência de três mutações no gene da BCHE com a forma preferida de consumo da cocaína: aspirada(em pó), inalada (crack) ou ambas. Viram que os usuários com uma mutação específica – a rs1803274, que reduz a atividade da enzima – nas duas cópias do gene da BCHE eram mais propensos a consumir o crack do que a 
cocaína em pó (PloS One, 27 de novembro). Essa mutação não seria a causa direta da dependência, mas influenciaria a preferência pela cocaína inalada. 

Fonte: Revista Fapesp  - Edição 214 - Dezembro de 2013

sábado, 21 de dezembro de 2013

Descontos nos cursos de graduação, pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo


As empresas conveniadas têm 15% de desconto em cursos de Graduação e Especialização da modalidade Presencial (10% do programa de estímulo à adimplência + 5% do convênio educacional) e 20% de desconto nas mensalidades do Colégio Metodista/SBC (10% do programa de estimulo à adimplência + 10% do convênio educacional).

Para mais informações e para verificar as empresas conveniadas acesse o link:

http://www.metodista.br/vestibular/presencial/convenios


http://www.metodista.br/incompany/convenios/empresas-que-possuem-convenios-educacionais-com-a-metodista


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Mensagem da Coordenação aos docentes da Biomedicina Metodista

"Caros colegas,

O que mais dizer além de um muito obrigado a todos pelo empenho e dedicação ao Nosso Curso durante todo este ano que está acabando. É uma satisfação e um grande orgulho trabalhar com todos vocês.

Boas férias a todos um ótimo natal e um novo ano com muita saúde, paz, alegria e sucesso. Até o ano que vem.

Abraços

Prof. Isaltino"

Mensagem da Coordenação aos Calouros da Biomedicina Metodista



"Caros alunos,

Sejam bem-vindos ao Curso de Biomedicina da Universidade Metodista de São Paulo. Parabéns pela escolha por ingressar nessa carreira tão bonita e capaz de oferecer tantos caminhos e perspectivas de futuro.
Além disso, estejam certos de que vocês farão a graduação em um dos melhores Cursos de Biomedicina do País.
 Tenham orgulho de serem Biomédicos, mais, tenham orgulho de serem Biomédicos da Metodista.
Aproveitem as férias e descansem bastante, pois, a partir de 03 de fevereiro tentaremos tirar o máximo de cada um de vocês para que se tornem excelentes profissionais, independentemente da área da Biomedicina que escolherem.
 Por enquanto, vocês podem conhecer um pouco mais do nosso curso visitando nossa página no Facebook(https://www.facebook.com/pages/Biomedicina-Metodista/554858951262901?fref=ts) ou nosso blog (http://biomed-atual.blogspot.com.br/).

Se tiverem qualquer dúvida escrevam para metodista.biomedicina@gmail.com

Desejo a todos um ótimo natal e um ano de 2014 repleto de novas conquistas e realizações.

Abraços

Prof. Isaltino"


Mensagem da coordenação aos alunos da Biomedicina Metodista

"Caros alunos,

Mais um ano que se vai. Mais uma etapa de vida cumprida. Independentemente do resultado o que vale é o esforço e a certeza de ter feito o melhor de si, o melhor que você conseguiu diante da sua situação e suas dificuldades.

Se esse não foi seu caso, é hora de refletir. Afinal você está trilhando a carreira da sua vida que vai lhe acompanhar por muito tempo. Essa carreira linda e tão repleta de alternativas e possibilidades.
Para aqueles que foram aprovados em todos os módulos meus parabéns, estão no caminho certo.

Para aqueles que tiveram algum percalço, não desanimem, esse não é o fim do mundo, obstáculos se impõem em nossa vida para serem ultrapassados e nos tornarem mais fortes. Batalhem e encontrarão o caminho novamente, tão vitoriosos quanto todos os outros.

Desejo a todos boas festas e que as férias sirvam para renovar as energias para mais um ano que tenho certeza será repleto de conquistas e realizações.

Abraços

Prof. Isaltino"

Mensagem aos alunos do 8° período da Biomedicina Metodista

"Aos alunos do 8º Período eu gostaria primeiramente de agradecer por tudo que aprendi com vocês em nossas conversas, brincadeira, algumas broncas e algumas discussões. 

Foram quatro anos muito intensos, com uma turma muito intensa. Alunos participativos, muito críticos e exigentes e, às vezes, tenho que dizer, um pouco desligados, talvez focados em seus objetivos pessoais, deixavam escapar certas tarefas, passavam alguns detalhes... Mas nada que apagasse o brilho de cada um de vocês.
Falei que aprendi com vocês, aprendi sim, provavelmente a melhor das lições: aprendi a ouvir, a ouvir não apenas com o sentido que dá a neurociência: a onda sonora captada pelos tímpanos que se converte em eletricidade a qual os neurônio do córtex interpretam como fala.
 Aprendi a ouvir como apenas o ser humano é capaz de fazer. Eu escutava tudo que diziam e tentava dar significado ao que ouvia. Tentava entender porque diziam aquilo. E ouvindo o que vocês diziam eu conseguia compreender o que queriam. Por vezes não concordava, mas, muitas outras vezes estive ao lado de voês. Não foi um exercício fácil, mas valeu muito para minha vida. Tentem também ouvir:
Todas as vezes que exigimos muito de vocês era porque sabíamos que vocês conseguiriam.
Todas as cobranças era para formarmos os melhores profissionais que pudessem chegar ao mercado.
Tudo que fizemos não foi só pelo nosso interesse foi visando o bem de vocês.
Tenho certeza que vocês deixaram marcas no curso e serão um exemplo para os colegas de vocês que virão, não apenas pelo desempenho que tiveram durante o curso, mas também pelo muito que irão consquistar daqui para frente.
Parafraseando o cantor Projota: Não sei se vocês são os melhores, mas tenho certeza que cada um fez o seu melhor.
E no final das contas é isso que importa
Para aqueles que ainda devem algum módulo, vou repetir mais uma vez: vocês devem participar da colação festiva. Vocês chegaram até o final. Não se envergonhem ou se sintam depreciados. Vocês são tão vitoriosos como os demais. Calma, tudo a seu tempo. Me procurem a partir do dia 21/01 para verificarmos como finalizar os débitos o mais rápido possível.
Desejo a todos um excelente natal e um ano novo repleto de conquistas, realizações e sucesso.
Prof. Isaltino"

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Pós-graduação: Acupuntura Tradicional Chinesa e Técnicas Complementares

É inegável o aumento por parte da população brasileira dos chamados métodos de tratamento complementar (alternativos), dentre esses a acupuntura, a cromoterapia, a musicoterapia, a fitoterapia, entre outros. Ao mesmo tempo, a população receia que, ao buscar esse tipo de tratamento, se depare com profissionais não habilitados ou com conhecimentos apenas práticos e sem a formação científica e profissional especializada. Neste contexto, um curso de especialização em acupuntura e fitoterapia tradicional chinesa, como o que está sendo por este instrumento proposto, contemplaria os anseios de profissionais das mais diversas áreas da saúde, como biomédicos, médicos, biólogos, farmacêuticos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e cirurgiões dentistas, em adquirir tal especialidade e buscar o seu reconhecimento junto às suas entidades ou conselhos de classe e asseguraria à população o atendimento por profissionais devidamente especializados.


Diferencial do curso
O curso de lato sensu (especialização) da Universidade Metodista de São Paulo apresenta como diferencial a metodologia dinâmica das aulas, versando entre teorias e práticas desde o primeiro módulo, a utilização da Policlínica e dos pacientes em atendimento nas diversas especialidades e a ampliação de um programa de atendimento global e humanitário, atendendo a todas as necessidades integrais do indivíduo por meio de uma abordagem interdisciplinar.



Objetivos
Capacitar os profissionais na área da saúde, oferecendo ao aluno um maior conhecimento do assunto e preparando aqueles que optarem por dar continuidade às suas formações profissionais.



Objetivos Específicos
Desenvolver, capacitar e habilitar profissionais das mais diversas áreas da saúde à prática da acupuntura e da fitoterapia, bem como no planejamento e implantação racional e criteriosa dos serviços de atendimento privados (clínicas e consultórios próprios).


Público-alvo

Profissionais graduados em Biomedicina, Medicina, Farmácia, Biologia, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Naturologia, Educação Física, Nutrição e Psicologia. 

Pré-requisitos

Portadores de diploma das áreas do conhecimento em Biomedicina, Medicina, Farmácia, Biologia, Enfermagem, Odontologia, Fisioterapia, Naturologia, Educação Física, Nutrição e Psicologia devidamente registrado. 



Seleção
Análise curricular. Havendo a necessidade de dirimir possíveis dúvidas quanto ao perfil, formação e experiências profissionais do candidato, será efetuada uma entrevista com a coordenação do curso.




Matriz curricular

  • Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa
  • Critérios de Diagnóstico e Métodos de Inserção
  • Estudo Geral dos Meridianos
  • Estudo dos Meridianos dos Elementos Fogo e Terra
  • Estudo dos Meridianos dos Elementos Ar e Água
  • Estudo do Meridiano dos Elementos Madeira e Substâncias Fundamentais
  • Meridianos tendino-Musculares e Secundário
  • Estudo das Síndromes
  • Fitoterapia Brasileira e Chinesa
  • Acupuntura em pediatria
  • Acupuntura em Ortopedia e Neurologia
  • Metodologia de Estudo e Pesquisa
  • Estágio Ambulatório 1
  • Estágio Ambulatório 2
  • Estágio Ambulatório 3

NFORMAÇÕES
Duração do Curso: 24 meses
Carga Horária: 480 horas
Dias e Horários de Oferecimento: Sexta-feira, das 8h às 17h e sábado, das 8h às 17h
Encontros: mensais
Local de Oferecimento: Rudge Ramos
Número de Vagas: 40 (sujeito a confirmação de turma)
Nº de Parcelas: 24 (o valor será reajustado a partir da 13ª parcela) - Mais detalhes
Mensalidade: aguarde informações - Mais detalhes
Egressos: profissionais formados pela Metodista terão isenção da matrícula e um desconto de 10% a partir da segunda mensalidade, além do benefício do programa de estímulo à adimplência. - Mais detalhes
Convênio com empresas: desconto na mensalidade e cursos in company - Mais detalhes