Experiência realizada por equipa canadiana publicada na «Science Translational Medicine»
2012-06-18
Uma combinação de três anticorpos parece ser a solução para o tratamento da doença provocada pela infecção com vírus ébola, um dos mais mortíferos que se conhecem. Desenvolvido por uma equipa de biotecnologia da Universidade de Manitoba (Canadá), este novo tratamento, testado em macacos, neutraliza a proteína da superfície do vírus que este necessita para entrar na célula e infectá-la.
O ébola é um vírus hemorrágico que chega a matar 90 por cento das pessoas que o contraem. Em 1995, um surto no Zaire (actual República Democrática do Congo), da estirpe mais mortífera (chamada, precisamente, zaire), afectou 350 pessoas. Dessas, mais de 250 vieram a falecer. A descoberta está publicada na revista «Science Translational Medicine».
O êxito dos ensaios agora realizados abre novas portas para o desenvolvimento de um tratamento eficaz contra o vírus. A experiência foi feita com macacos da espécie Macaca fascicularis, que estavam infectados com a estirpe mais perigosa do vírus.
Os quatro animais que receberam a primeira das três doses de tratamento nas primeiras 24 horas depois da exposição ao patogénio sobreviveram, enquanto que apenas dois dos quatro animais sujeitos ao tratamento 48 horas depois da infecção ficaram curados.
O composto, denominado ZMAb, só é eficaz, para já, contra a estirpe Zaire, mas não deverá ser muito difícil desenvolver algo parecido para outras estirpes do vírus, acreditam os investigadores.
Artigo: Successful Treatment of Ebola Virus–Infected Cynomolgus Macaques with Monoclonal Antibodies
Artigo: Successful Treatment of Ebola Virus–Infected Cynomolgus Macaques with Monoclonal Antibodies
Fonte: Ciência Hoje - 1 de agosto de 2012
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