O Farmanguinhos,
braço farmacêutico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), anunciou nesta
sexta-feira que, em três anos, começará a fabricar o dicloridrato de
pramipexol, medicamento usado no tratamento da doença de Parkinson. O remédio,
distribuído gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é atualmente
importado da Alemanha.
A tecnologia para
a produção será repassada pela companhia farmacêutica alemã Boehringer
Ingelheim. A partir de 2016, a Farmanguinhos produzirá metade da demanda
nacional.
Em 2018, o remédio
já deve ser totalmente produzido no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM)
da unidade, localizada em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.
Segundo o diretor
da Farmanguinhos Hayne Felipe da Silva, um dos objetivos do acordo é o
fortalecimento da indústria farmoquímica nacional, que receberá a tecnologia
para a produção do insumo.
"A
nacionalização da tecnologia do medicamento e da produção do insumo significa
diminuir a dependência internacional, já que mais de 80% dos insumos usados em
medicamentos no Brasil ainda são importados", diz. O governo deve
economizar R$ 90 milhões durante os cinco anos do acordo de transferência tecnológica.
A parceria também
busca ampliar a distribuição desse medicamento, que é considerado uma das
principais terapias contra a doença degenerativa do sistema nervoso central.
Atualmente, o pramipexol é o único dessa classe disponível no Brasil.
Cerca de 20 mil
pacientes recebem mensalmente o medicamento pelo SUS, sendo que a estimativa é
de que menos 200 mil pessoas tenham a doença no país --os demais pacientes são
tratados com outros medicamentos
Em 2012, em torno
de 830 mil unidades de dicloridrato de pramipexol foram adquiridas pelas
Secretarias Estaduais de Saúde.
Com a marca
Sifrol, o dicloridrato de pramipexol foi lançado no Brasil em 1999. Em 2002,
passou a fazer parte do Programa de Medicamentos de Alto Custo, do Ministério
da Saúde.
Fonte: Folha on line – Equilibrio
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