Cultivar o hábito de ler e escrever regularmente
pode contribuir para preservar a memória por mais tempo. Estudo feito por
pesquisadores do Centro Médico da Universidade Rush, de Chicago, com 294 idosos
indica que se dedicar a esse tipo de atividade reduz a velocidade do processo
de deterioração mental (Neurology, 3 de julho). Essas práticas saudáveis podem
diminuir até 15% o ritmo de progressão da perda da memória. ”Nosso estudo mostra
que adotar atividades que estimulam o cérebro ao longo da vida, desde a
infância até a idade avançada, é importante para manter a saúde mental na
velhice”, diz Robert S. Wilson, principal autor do trabalho. Não abandonar esse
estilo de vida com o passar dos anos também se mostrou importante. O declínio
cerebral entre os idosos que liam ou escreviam com frequência ainda na velhice
ocorreu em um ritmo 32% mais lento do que entre os que faziam isso com uma
constância menor. Os velhos que quase nunca se dedicavam a essas atividades
apresentaram uma velocidade de deterioração mental 48% maior do que os que liam
e escreviam esporadicamente. Os pesquisadores acompanharam os participantes do
estudo durante cerca de seis anos, até o momento de sua morte, em média aos 89
anos. Anualmente, submeteram os idosos a testes de memória e cognição e os
entrevistaram sobre seus hábitos de leitura ao longo da vida. Fizeram ainda uma
autópsia no cérebro dos velhos para determinar a incidência de lesões e placas
associadas a demências.
Fonte: Revista Fapesp - Edição 209 - Julho de 2013
Imagem: Léo Ramos
Imagem: Léo Ramos
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