Colaboradores

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Biomedicina na Folha de São Paulo



Eliete Caló Romero, 45 - faz monitoramento da Leptospirose
 

Vejam a matéria no ESPECIAL GUIA DAS PROFISSÕES da FOLHA DE SÃO PAULO que saiu hoje quinta-feira, 27 de setembro de 2012

 http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1159833-biomedico-faz-analises-clinicas-para-diagnostico.shtml

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Homens e mulheres enxergam de maneiras diferentes, diz estudo.

Olhos dos homens são mais sensíveis a pequenos detalhes;
mulheres distinguem cores com mais facilidade
 
Pesquisa norte-americana mostra que há diferenças na visão dos dois sexos.
Da BBC
Se você chega em casa recém-saído do cabeleireiro, com um tom de tintura vermelha que nunca antes havia se atrevido a usar, e seu marido a recebe com um "que lindos esses seus novos brincos", em referência a um presente de uma prima que você quase deixou de lado, pense duas vezes antes de se irritar e gritar com ele. Não se trata -neste caso ao menos- de falta de interesse, atenção e muito menos de carinho.
De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos, os olhos dos homens são mais sensíveis aos pequenos detalhes e aos objetos que se movem em grande velocidade, enquanto as mulheres distinguem cores com mais facilidade.
Isaac Abramov, professor de psicologia do Brooklyn College, foi o responsável por dois estudos paralelos para determinar essas diferenças. Em um deles, apresentou aos participantes uma amostra de uma cor específica e pediu a eles que a descrevessem empregando uma série de termos pré-determinados.
Desta forma, o psicólogo e sua equipe descobriram que homens e mulheres descreviam a mesma cor diante de seus olhos usando termos diferentes. "Ambos veem o azul como azul, mas que porcentagem de vermelho veem na cor difere se o indivíduo é homem ou mulher", disse Abramov. Assim se explica por que as mulheres são melhores quando se trata de combinar cores ou de buscar tons semelhantes entre si.
Um ponto no horizonte
O outro estudo conduzido pela mesma equipe se concentrou em como cada sexo percebe os detalhes e as imagens em movimento. Os homens detectam os detalhes, por mínimos que seja, com mais facilidade.
"Por exemplo, se um avião ingressa em nosso campo visual, como um ponto ínfimo no horizonte, o homem o notará antes da mulher", diz o cientista. "Ou se uma pessoa tem tendência a tornar-se míope com o tempo, se for homem, levará mais tempo até que tenha que usar óculos", acrescenta.
Diferenças
As hipóteses para explicar as razões por trás dessas diferenças são várias e dão início a uma série de debates, diz Abramov. "Uma explicação possível é que no cérebro se encontram receptores do hormônio masculino, testosterona, e a maior concentração desse hormônio está na parte superior do cérebro -o córtex cerebral- que é a principal zona visual", destaca.
"Por que essa região do cérebro é tão sensível à testosterona também é uma questão de especulação", acrescenta.
Evolução
Outra teoria está relacionada com a evolução. Os homens, em seu papel de caçadores, evoluíram suas capacidades que o permitiam avistar à distância uma presa ou um animal que pudesse representar uma ameaça com maior precisão, enquanto as mulheres aperfeiçoaram suas capacidades para melhorar seu desempenho como coletoras.
Abramov deixa claro que todas essas diferenças são sutis e que afetam a visão em seu nível mais primário. Sem dúvida, por ser uma diferença biológica, não é possível treinar o olho para melhorar" no que faz pior.
Além disso, isto não afeta a percepção -ao menos no que se sabe até o momento- já que esta se alimenta de muitos outros fatores, como a educação, a memória e os interesses.
Fonte: G1.globo.com – Ciência e Saúde
Imagem: Foto: WikiCommons

Médicos suecos fazem transplante de útero de mãe para filha


DA ASSOCIATED PRESS

Duas mulheres da Suécia estão carregando o útero de suas mães. Segundo os médicos responsáveis, esses são os primeiros transplantes de útero de mãe para filha.

Especialistas da Universidade de Goteborg fizeram a cirurgia no último fim de semana sem complicações, mas dizem que só vão considerar o procedimento bem-sucedido se as mulheres engravidarem depois do fim do período de observação, que termina daqui a um ano.

"Não vamos dizer que foi um sucesso completo até que isso resulte em crianças", disse Michael Olausson, um dos cirurgiões, à agência Associated Press. "Essa é a melhor prova."

Ele disse que as receptoras começaram o tratamento de fertilização antes da cirurgia.

Hormônios foram usados para estimular os ovários, que elas já tinham, para produzir óvulos. Os cientistas vão fertilizar os óvulos com espermatozoides no laboratórios e congelar os embriões, que, depois disso, serão descongelados e transferidos para as mulheres se elas estiverem em boas condições de saúde daqui a um ano, segundo Olausson.

Depois de até duas gestações, o útero das duas será removido.

A universidade afirmou que uma das receptoras teve de remover seu útero há muitos anos por causa de câncer cervical. A outra nasceu sem útero. Ambas têm cerca de 30 anos.

"As duas pacientes estão bem mas estão cansadas após a cirurgias. As mães, que doaram o útero, já estão caminhando e terão alta hospitalar em alguns dias", afirmou Mats Brannstrom, líder da equipe, em um comunicado.

Médicos da Turquia, no ano passado, afirmaram ter feito o primeiro transplante de útero bem-sucedido, dando um útero de uma doadora morta a uma jovem. Segundo Olausson, essa paciente está bem, mas não se sabe se ela já fez tratamento de fertilização.

Em 2000, médicos da Arábia Saudita transplantaram um útero de uma doadora viva, mas o órgão foi removido três meses depois por causa de um coágulo sanguíneo.

Scott Nelson, chefe de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Glasgow, afirmou que os transplantes suecos foram um grande passo, mas destacou a necessidade de esperar que a operação resulte em gestações para ver se houve mesmo sucesso.

"Em termos de riscos para a gravidez, as maiores preocupações são a placenta não se desenvolver de forma normal, o bebê não crescer como esperado e nascer prematuro", afirmou Nelson, não envolvido com os transplantes. "O nascimento prematuro é o principal risco."
 
Fonte: Folha Equilíbrio on line – 20 de setembro 2012

Cada medo é um medo

Formas distintas de ameaça ativam circuitos diferentes no cérebro

Maria Guimarães

Quando um animal é posto numa situação que percebe como risco de perder a vida – um rato dentro de uma gaiola com um gato, por exemplo –, ele rapidamente a memoriza. Nos dias seguintes, basta pôr o rato na gaiola, ainda que sem o gato, para suscitar uma reação idêntica de pânico paralisante. “Nesse momento o animal mobiliza o mesmo sistema neural utilizado para se defender do predador”, explica o médico e neuroanatomista Newton Canteras, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Ele e sua equipe descobriram que, além de existirem circuitos cerebrais distintos para cada tipo de medo (ver reportagem Os caminhos do medo), a memória também está envolvida no processo que leva a reações que diferem conforme a situação.
 
“Diante de um predador, os ajustes fisiológicos necessários são diferentes daqueles ativados quando um indivíduo se confronta com um agressor da mesma espécie”, explica Canteras. Um artigo que ele escreveu em parceria com Cornelius Gross, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular em Monterotondo, Itália, compila o que se sabe sobre o funcionamento neurológico do medo e estampa a capa da Nature Reviews Neuroscience de setembro. A ilustração da capa representa os três tipos de medo descritos no artigo: um leão para o medo do predador, um homem com um taco de beisebol para o medo social e um dentista evocando o medo da dor. “São três vias diferentes no cérebro”, explica o pesquisador da USP.
 
Tanto a memória quanto as pistas do ambiente (como cheiros, sons e imagens) são integradas numa região do cérebro conhecida como amígdala, uma estrutura que fica no lobo temporal. Dali, os estímulos nervosos são transmitidos para o hipotálamo, alojado na base do encéfalo. Muitos laboratórios no mundo todo têm investigado exatamente quais áreas dessas estruturas do cérebro atuam nos diferentes tipos de medo, causando elevação de pressão e alterações hormonais (os tais ajustes fisiológicos) que, por sua vez, geram reações distintas, conforme mostra o artigo na Nature Reviews Neuroscience. Quando enfrenta agressão social, provocada por um indivíduo da mesma espécie, as regiões ativadas no hipotálamo estão mais relacionadas às relações sociais e o rato arqueia as costas numa posição de submissão. Já quando teme sentir dor ou confronta um predador, a primeira reação é congelar. Nesta segunda situação, caso a estratégia fracasse em torná-lo invisível, o rato dá saltos para trás numa tentativa de fuga.
 
Essa atitude quando há risco (aparente, ao menos) à vida pode ser semelhante ao que pessoas enfrentam em guerras ou em situações de violência como um assalto à mão armada. O mecanismo que fixa a memória instantaneamente nos ratos pode ser o mesmo que gera o transtorno de estresse pós-traumático. Entender a neurofisiologia do medo, os pesquisadores esperam, pode ajudar a desvendar – e quem sabe tratar – casos em que ele se torna incapacitante.
 
Fonte: Revista Fapesp  Edição Online 15:14 - setembro de 2012
Imagem: Eduardo César

sábado, 15 de setembro de 2012

Da saciedade e outros prazeres



Células na base do cérebro controlam a fome e acionam os mecanismos neurais da recompensa
FRANCISCO BICUDO

Um grupo de apenas 5 mil neurônios localizados na base do cérebro, em uma região chamada hipotálamo, não controla somente a fome e a saciedade. Especializados na produção de dois dos comunicadores químicos cerebrais – o neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo relacionado ao agouti (AgRP) –, esses neurônios atuam também sobre os mecanismos cerebrais de recompensa, que coordenam as sensações de prazer. O duplo papel dessas células foi observado por um grupo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos e descrito em junho na revista Nature Neuroscience. “Foi a primeira vez que se registrou a influência dessas células sobre outras funções do sistema nervoso central”, conta o médico Marcelo Dietrich, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e primeiro autor do artigo.

Dietrich suspeitava havia algum tempo de que os neurônios produtores de NPY e AgRP pudessem manter conexões com outras áreas cerebrais por causa dos efeitos colaterais provocados por medicamentos inibidores de apetite. Compostos como a sibutramina, retirada do mercado em vários países e vendida com retenção de receita no Brasil, reduzem a fome por induzir efeitos semelhantes ao da desativação desses neurônios.Mas também originam uma série de alterações no organismo, como a melhora do humor – a sibutramina foi desenvolvida para ser usada como antidepressivo – e o aumento do risco de problemas cardiovasculares. “Imaginávamos que os neurônios produtores de NPY e AgRP não estariam isolados ou associados apenas à fome”, conta Dietrich. “Pensamos que também pudessem desempenhar algum papel em funções cognitivas mais sofisticadas e decidimos ver se estavam envolvidos nos mecanismos de recompensa”, diz o pesquisador, que atualmente passa uma temporada no laboratório de Tamas Horvath na Universidade Yale, nos Estados Unidos.

A fim de testar possíveis conexões desses neurônios com os de outras regiões cerebrais, Dietrich realizou uma série de experimentos com roedores geneticamente alterados para apresentar menor atividade dos neurônios do apetite. “As células não eram eliminadas, mas funcionavam de maneira deficiente, minimizando assim a sensação de fome”, explica.

A consequência esperada era que outros mecanismos associados àquele grupo de neurônios também se mostrassem menos ativos. Mas não foi o que ocorreu. Inicialmente os camundongos foram soltos em uma caixa de acrílico em que foi colocado um pequeno cilindro de plástico para avaliar como se comportavam. Como os roedores são curiosos e gostam de conhecer tudo o que é novo no ambiente, o grau de exploração serve como termômetro de ativação dos mecanismos de recompensa. Os pesquisadores imaginavam que eles fossem se interessar pouco pelo objeto novo, uma vez que seus neurônios da fome não estavam funcionando bem. Mas observaram o oposto. Mal entraram na caixa, os roedores caminhavam freneticamente de um lado para o outro, explorando as novidades e tomando informações sobre o ambiente até então desconhecido. Esse era o primeiro indício de que os mecanismos de recompensa estavam respondendo de forma acentuada.

Numa segunda etapa, o pesquisador repetiu os testes aplicando nos animais uma injeção de cocaína, que sabidamente ativa as vias neurológicas de recompensa. Quanto maior a dose, mais os camundongos se movimentavam pelo ambiente. Por fim, Dietrich estabeleceu um roteiro em que determinava a injeção de cocaína durante cinco dias, matinha os animais em abstinência por quatro dias, e depois voltava a aplicar a droga. “O cérebro desenvolve uma espécie de memória dos efeitos da cocaína, cria dependência e responde de forma ainda mais intensa ao final dos testes”, lembra o pesquisador.

Dietrich, então, sofisticou um pouco mais o teste para verificar se a inibição da atividade dos neurônios produtores de NPY e AgRP aumentava a busca por situações prazerosas. Desta vez ele colocou os animais em uma caixa que, de um lado, dava acesso a outra caixa contendo água com cocaína e, de outro, estava conectada a uma terceira caixa com um recipiente com água pura. Num primeiro momento, ele colocou os animais na caixa central e os deixou explorar as outras duas – os animais visitaram as duas caixas mais ou menos o mesmo número de vezes. Depois, Dietrich fechou o acesso à caixa com água pura e deixou os animais visitarem apenas aquela em que havia cocaína. Numa etapa seguinte, fez o inverso. Bloqueou o acesso à cocaína, permitindo as visitas só à caixa com água pura. Por fim, os camundongos voltaram a ter acesso às duas caixas. Desta vez, porém, as visitas ao ambiente com cocaína foram duas vezes mais frequentes do que à caixa só com água. Foi a confirmação da busca pelo prazer.

Questão de idade

“Observamos que os neurônios produtores de NPY e AgRP estão conectados aos neurônios que produzem dopamina, o neurotransmissor do prazer”, explica Dietrich. “Mas essa relação se dá de forma inversa, quando os neurônios do apetite são inibidos, os produtores de dopamina se tornam mais ativos, acentuando o funcionamento dos mecanismos de recompensa”, conta.

Mas restava uma dúvida. Os testes haviam sido feitos com camundongos transgênicos adultos que haviam nascido sem a proteína que ativa os neurônios da fome e os pesquisadores haviam observado que, quanto mais velho o animal, menor o efeito.

Para avaliar a influência da idade, foi preciso mudar de estratégia. Eles inativaram os neurônios da fome em animais com idades diferentes (5, 10, 15 e 20 dias de vida e depois de adulto) e repetiram os testes. Os resultados confirmaram: a inativação dos neurônios da fome nos filhotes mais novos intensificava a ação do mecanismo de recompensa.

Para Dietrich, essa é uma evidência de que é na primeira semana de vida dos roedores que essas células se conectam com as de outras áreas cerebrais. Nos seres humanos, esse estágio do desenvolvimento cerebral corresponde ao do terceiro trimestre da gestação. “Modificar o funcionamento desses neurônios no começo do desenvolvimento talvez gere consequências que só apareçam bem mais tarde na vida, aumentando a suscetibilidade à adição por drogas”, suspeita o pesquisador, que começou a investigar essa função do hipotálamo durante o doutorado na UFRGS, sob a orientação de Diogo Onofre de Souza.

Dietrich pretende ainda compreender a influência da alimentação de recém-nascidos sobre o mecanismo de busca de prazer. “Queremos entender como as células que regulam o apetite reagem quando as mães, em vez de amamentar, dão papinha e outros alimentos em substituição ao leite materno”, conta. “No limite, queremos ser capazes de um dia conseguir sugerir quais são os nutrientes e a quantidade de calorias recomendáveis para que essas conexões se formem de maneira adequada.”
 
Fonte: Revista Fapesp on line edição 199 - Setembro 2012
Imagem: © INFOGRÁFICO PEDRO HAMDAN  FONTE MARCELO DIETRICH

terça-feira, 11 de setembro de 2012

DIA DA UNIVERSIDADE ABERTA METODISTA

 
Venha conhecer a Universidade Metodista de São Paulo e escolher a sua profissão

No dia 6 de outubro, a Universidade Metodista de São Paulo realizará a 5ª edição do evento Dia da Universidade Aberta, no qual alunos de ensino médio, cursos preparatórios para o vestibular, supletivos, professores e familiares poderão visitar a Metodista.

O objetivo do evento é permitir que as pessoas conheçam todas as dependências e a infraestrutura da universidade e recebam informações sobre os cursos e profissões que desejam seguir, facilitando assim a escolha em relação à futura carreira.

Durante a visita, os estudantes e familiares poderão conversar com profissionais que atuam na área e com alunos da universidade para tirar dúvidas sobre o mercado de trabalho, a remuneração e as principais atividades de determinada profissão.

Caso o estudante já tenha escolhido o curso, no Dia da Universidade Aberta, poderá fazer a inscrição no Processo Seletivo da Metodista com desconto especial.

A entrada no evento é gratuita para estudantes do ensino médio, fundamental, curso preparatório, professores e acompanhantes.

Dia da Universidade Aberta Metodista
Quando: 06 de outubro (sábado), entre 10h e 16h.
Local: Universidade Metodista de São Paulo, Campus Rudge Ramos. Rua Alfeu Tavares, 149, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo.
As escolas interessadas devem fazer inscrição prévia no link inscrições.


Informações Gerais

Cadastro
Posso cadastrar meu amigo no dia 06 de outubro ao chegar na Metodista?
Sim, mas fazendo o credenciamento antecipado você pode evitar filas. Você também pode reunir um grupo e organizar uma excursão.

Alimentação
Na Metodista você conta com um Centro de Convivência no campus Rudge Ramos e outro no campus Planalto. São lojas de alimentação e serviços, incluindo salão de beleza, loja de roupas, livraria, agência bancária e caixas eletrônicos, além da loja própria da marca Metodista.

Ambulatório Médico
Localizado no prédio Zeta, o Ambulatório Médico ficará disponível durante todo o evento, com médico e enfermeira de plantão para pronto-atendimento.
Rua Alfeu Tavares, 149
Rudge Ramos
São Bernardo do Campo/SP
Fone: 11 4366.5508