Colaboradores

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

III PRÊMIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Parabéns!!!!!!
 
O trabalho de pesquisa das alunas de graduação: Michelle, Melissa, Andressa, Letícia e Naara sob orientação dos professores: Isaltino, Rogério e Thalma foi premiado no III PRÊMIO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS - UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO.
 
O prêmio foi recebido pela aluna Michelle e profa. Thalma.
 
 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Como chegar de transporte público no Campus Planalto?

Segue algumas opções de transporte público de São Paulo para a Universidade Metodista de São Paulo - Campus Planalto - SBC (param em frente ao Campus)

Pegar o ônibus: Urubupunga (www.urubupunga.com.br) - Osasco / SBC ou Cidade Universitária/SBC : descer no ponto final (São Bernardo) e na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar o ônibus: Urubupunga (www.urubupunga.com.br) - Osasco / SBC ou Cidade Universitária/SBC: descer na avenida Lucas Nogueira Garcez - em frente a Tecnolab atravessar a avenida e em frente ao Pavilhão Vera Cruz pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Sacomã e dentro do terminal, pegar ônibus que vem para Área Verde em SBC- descer no ponto final - atrás do Clube Mesc contornar o clube e subir a rua do Golden Ball

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Sacomã e dentro do terminal, pegar ônibus que vem para Rudge Ramos em SBC- descer no ponto da Igreja São João Batista (Av. Dr. Rudge Ramos) neste mesmo ponto pegar o ônibus 13 - Los Angeles ou 13B - Parque Imigrantes

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Jabaquara, pegar o tróleibus para Ferrazópolis descer na avenida Lucas Nogueira Garcez - em frente a Tecnolab atravessar a avenida e em frente ao Pavilhão Vera Cruz pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Jabaquara, pegar o tróleibus para Ferrazópolis descer no terminal São Bernardo e na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Jabaquara, pegar o tróleibus para Ferrazópolis descer no ponto final e na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Saúde, pegar o ônibus Triângulo Paço Municipal de São Bernardo (pode ser Vergueiro ou Caminho do Mar linhas 359 ou 50) descer no ponto final e na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Saúde, pegar o ônibus Triangulo Paço Municipal de São Bernardo (pode ser Vergueiro ou Caminho do Mar linhas 359 ou 50) descer no ponto da Igreja São João Batista (Av. Dr. Rudge Ramos) neste mesmo ponto pegar o ônibus 13 - Los Angeles ou 13B - Parque Imigrantes.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Santana, pegar o ônibus terminal São Caetano, descer no ponto final e na estação de São Caetano pegar o TransBus vem para São Bernardo, descer na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Pegar ônibus ou metrô descer no Terminal Santana, pegar o ônibus terminal São Caetano, descer no ponto final e na estação de São Caetano pegar o TransBus vem para São Bernardo, descer no ponto da Igreja São João Batista (Av. Dr. Rudge Ramos) neste mesmo ponto pegar o ônibus 13 - Los Angeles ou 13B - Parque Imigrantes.

 
Vir de trem para São Caetano, na estação de São Caetano pegar o TransBus vem para São Bernardo, descer na Av. Faria Lima pegar o ônibus 08 - Santo Ignácio.

Vir de trem para São Caetano, na estação de São Caetano pegar o TransBus vem para São Bernardo, descer no ponto da Igreja São João Batista (Av. Dr. Rudge Ramos) neste mesmo ponto pegar o ônibus 13 - Los Angeles ou 13B - Parque Imigrantes.


Vir de trem para Santo André, na estação de Santo André pegar o ônibus da viação São Camilo ou Urbana (antigo Padroeira) que vem para Rudge Ramos descer no ponto das Pernambucanas / Casas Bahia (Av. Dr. Rudge Ramos) atravessar a avenida e no ponto da Igreja pegar o ônibus 13 - Los Angeles ou 13B - Parque Imigrantes.

Sites das empresas
 





Vagas para Biomédico e Técnico de laboratório

Segue abaixo duas vagas:

·         Biomédico - Responsável técnico para o Núcleo de Análises Clínicas do curso de Biomedicina da Universidade Metodista – enviar currículo para: biomedicina@metodista.br

·         Técnico de Laboratório nível superior com experiência em Microbiologia para trabalhar na Faculdade da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo -  enviar currículo para: núcleo.pesquisa@metodista.br

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Detecção do vírus HIV em teste nacional é falha


Atrasado na sua implantação há dez anos, o teste de sangue fabricado pelo governo brasileiro (NAT) e já utilizado no SUS para a detecção precoce do vírus HIV e da hepatite C tem falhas, segundo hematologistas brasileiros.

O teste NAT (ácido nucleico) reconhece o material genético do vírus e detecta a sua presença mais cedo no organismo do que o convencional (Elisa). O nacional é feito pelo instituto Bio-Manguinhos, da Fiocruz. Os comerciais são da Roche e da Novartis.

O alerta foi feito durante congresso da ABHH (Sociedade Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Os médicos devem pedir que o Ministério da Saúde interrompa a distribuição do teste nacional NAT até que as falhas sejam corrigidas.

Segundo Dante Langhi Junior, diretor da ABHH e médico do hemocentro da Santa Casa de São Paulo, vários serviços relataram problemas. "A gente testa com o Elisa e dá positivo [para Aids ou hepatite], depois testa com o NAT do governo e dá negativo. Volta a testar a mesma amostra com o NAT comercial e dá positivo. O teste do governo não garante a segurança a que ele se propõe."

Não há notícias, porém, de que tenha havido contaminação por conta dessas falhas.

Em 12 amostras de sangue testadas pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, ligado à USP, o NAT nacional não detectou o HIV em oito delas. "Ele falha numa grande proporção dos casos", diz o diretor Dimas Tadeu Costa.

Segundo ele, a sensibilidade do teste é estimada em 30 partículas virais. Mas o NAT nacional só conseguiu perceber a presença do HIV quando havia 500 partículas. "Isso é que faz a diferença na janela imunológica. Quanto menos vírus se consegue detectar, maior é a segurança da transfusão." Ele decidiu não usar mais o NAT nacional.

"Não existe transfusão com risco zero. Mas, se temos testes que comprovadamente minimizam os riscos de transmissão de doenças, temos obrigação legal de utilizá-los", afirma Langhi Junior.

Na opinião de José Augusto Barreto, superintendente da Colsan (Associação Beneficiente de Coleta de Sangue), o ministério se precipitou em incluir o teste na rotina.

OUTRO LADO

Durante o congresso, o coordenador da área de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez, disse que o teste está em fase de desenvolvimento e que os problemas são "totalmente solucionáveis".

"Temos soluções tecnológicas e ajustes, mas nenhum problema que invalide o teste", afirmou. Ele garantiu ainda que esses ajustes acontecerão até a publicação da portaria, que tornará o teste obrigatório, prevista para sair até o final do mês.

Fonte: Folha de São Paulo - 13/11/ 2012
Cláudia Collucci - ENVIADA ESPECIAL AO RIO DE JANEIRO
Ayrton Vignola - 25.fev.2005/Folhapress

Pesquisa questiona exigência de jejum para medir colesterol

 
 

A exigência de doze horas de jejum antes de um exame de colesterol é desnecessária para a maioria da população, segundo um novo estudo publicado ontem na versão on-line da revista "Archives of Internal Medicine".

O longo período sem comer é recomendado para evitar que os alimentos ingeridos pouco antes do teste possam influenciar os resultados, especialmente os dos triglicérides, cujos valores também podem mudar após a ingestão de álcool.

Essa medida das gorduras no sangue é usada pela maioria dos laboratórios para calcular o nível de LDL (colesterol "ruim") na circulação.

Mas a equipe da Universidade de Calgary, no Canadá, ao analisar dados de 210 mil pessoas submetidas a testes de colesterol após períodos em jejum (de 1 a 16 horas), mostrou que a discrepância causada pela alimentação é pequena demais para manter a velha recomendação.

Para as medidas de colesterol total e colesterol "bom" (HDL), a diferença máxima de resultados foi de 2%. Para LDL, até 10% e, para triglicérides, até 20%

PRODUÇÃO PRÓPRIA

Segundo o cardiologista Antonio Gabriele Laurinavicius, da unidade de check-up do hospital Albert Einstein, a diferença pequena entre os resultados se deve ao fato de que a maior parte do colesterol é produzida pelo próprio corpo. "O fígado fabrica boa parte do colesterol, e essa produção é constante, pouco muda com a alimentação."

Os triglicérides mudam mais porque são absorvidos no intestino após as refeições.

Outro ponto a favor de abolir o jejum é a praticidade para o paciente, que muitas vezes acaba adiando os testes quando não consegue cumprir as exigências. Para os autores do estudo, acabar com esse problema seria muito melhor do que ter a medida mais precisa possível do colesterol feita em jejum.

"O jejum cria dificuldades logísticas. A maior parte das coletas é feita de manhã, o que superlota os laboratórios, cria transtornos nos horários de trabalho dos pacientes e tudo isso gera custos, horas perdidas em filas", afirma Laurinavicius.

De acordo com Raul Santos, chefe da unidade de lípides do Incor (Instituto do Coração do HC da USP), especialistas americanos defendem o uso do colesterol total e do HDL (que não variam segundo o jejum) para medir o risco cardíaco, dispensando os triglicérides.

"O uso do 'não HDL' [colesterol total subtraído do colesterol 'bom'] é mais barato, e as medidas são precisas."

Para o patologista Nairo Sumita, assessor médico do Grupo Fleury de laboratórios, ainda faltam evidências científicas que justifiquem uma mudança quanto ao jejum agora, mas a tendência é reduzir as exigências para aumentar a adesão dos pacientes aos testes.

Laurinavicius, do Einstein, lembra que, com mais pesquisas, os requisitos podem mudar, mas quem faz teste de glicemia junto com o colesterol vai continuar a ter de seguir o período de jejum.

Fonte: Folha de São Paulo – 13/11/2012
Débora  Mismetti  EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"
William Mur/Editoria de Arte/Folhapress


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BIOMEDICINA METODISTA NO SIMPÓSIO DE PESQUISA DO GRANDE ABC


BIOMEDICINA METODISTA MARCOU PRESENÇA NO 
SIMPÓSIO DE PESQUISA DO GRANDE ABC!!!

Biomédicas formadas pela Universidade Metodista de SP e futuras geneticistas!!!!!!
Juliana e Karen, tiveram  o trabalho de conclusão de curso escolhido para apresentação oral!!!


Alegria após a apresentação e exemplo para os demais alunos da Biomedicina, não é Kyvia?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vestibular 2013 - Universidade Metodista de São Paulo



Vestibular 2013

No dia 22 de outubro tiveram início as ações de TV da campanha do vestibular. Agora você tem a oportunidade de assistir ao comercial do Vestibular Metodista durante os intervalos dos programas da TV Bandeirantes - CQC, Agora é Tarde e Pânico na TV.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

As chaves do sucesso!

Conselhos dos doze cientistas para quem quer se destacar em carreiras competitivas

1. Leia muito e de tudo – Não apenas livros técnicos. Leia romances, contos e poesia. Eles ajudam a desenvolver uma visão plural da vida.
2. Exercite a curiosidade – Ela é o primeiro degrau de todas as descobertas.
3. O terceiro idioma – Ler, escrever e falar inglês é básico. A diferença começa com o aprendizado de uma terceira língua.
4. Tenha base sólida – As ciências básicas, como a física, a química e a matemática, alicerçam todas as outras carreiras.
5. Escolha bem – A melhor escola nem sempre é a mais conhecida e famosa. Escolha entre as que têm professores mais atuantes.
6. Pesquise sempre – As bolsas de iniciação científica dão chance de começar a pesquisar ainda na graduação. Aproveite-as.
7. Escolha suas companhias – Se quiser ser cientista, conviva com cientistas. Freqüente os laboratórios e centros de pesquisa mais produtivos de sua faculdade.
8. Dedique-se – Vale a mais famosa equação de Einstein: sucesso = 10% de talento + 90% de suor.
9. Tome a iniciativa – Não se satisfaça com o que o professor ensina. Busque mais informação. Todo bom cientista é um autodidata.
10. Mire no exterior – O isolamento mata a pesquisa. A troca de informações é uma das chaves do sucesso.
11. Faça a diferença – Escolha a área de atuação em que seu trabalho possa se destacar.
12. Busque a visão universal – O cientista tende a se especializar cada vez mais cedo. Isso é inevitável, mas é um erro fatal fechar-se a outras áreas da pesquisa.

Fonte: Revista Veja on-line - edição 1878

sábado, 6 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Você conhece a Biomedicina Metodista?


Olá,

E aí? Você conhece o curso de Biomedicina? e a Biomedicina Metodista?
Você sabia que conforme descrição do CRBM 1 região a Biomedicina "É a arte de ensinar, diagnosticar e valorizar a vida, é uma das mais novas profissões da área da saúde. Ela busca o entendimento de cada transformação do corpo humano, bem como suas consequências.  É o estudo que leva ao diagnóstico e possibilita o tratamento das mais diversas patologias, doenças que desafiam pacientes e profissionais da saúde. É a aplicação do saber em prol da Humanidade." ?
Sabia que um Biomédico pode atuar em mais de 30 áreas diferentes?  
Não ficou curioso para conhecer mais sobre esta profissão apaixonante? 
Que tal ver o vídeo produzido pelos professores com a ajuda dos alunos do curso para a recepção dos calouros?
Conhecer os laboratórios, salas de aula, Núcleo de Análises Clínicas, Núcleo de Pesquisa, Centro de Neurociências?
Conversar com professores e alunos?
Saber o que faz o Centro Acadêmico do Curso? O que é Semana Acadêmica? Interbiomed?
Conhecer os projetos de pesquisa nas áreas de Neurociências, Oncologia, Microbiologia, Microbiologia de Alimentos, Micologia, Genética ... ?
Conhecer os projetos de Extensão como o Rondon, Rali dos Sertões, Canudos...?
Saber o que uma Universidade de Qualidade pode oferecer? Como professores qualificados, salas de aula multimídia, laboratórios equipados para aulas práticas, laboratórios de informática, cursos de línguas, academia escola, intercâmbio, bolsas de estudo, Congresso etc?

Que tal participar dia 6 de outubro (sábado) da Universidade Aberta?
Será uma ótima oportunidade para obter mais informações sobre o curso, vestibular, bolsa de estudo, vivenciar o dia a dia das aulas e da profissão escolhida !!!!!
Para   informações sobre o evento entre no site: http://www.metodista.br/vestibular/presencial/dua
Esperamos você!!!!!!
Abraços
Biomedicina Metodista!!!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Biomedicina na Folha de São Paulo



Eliete Caló Romero, 45 - faz monitoramento da Leptospirose
 

Vejam a matéria no ESPECIAL GUIA DAS PROFISSÕES da FOLHA DE SÃO PAULO que saiu hoje quinta-feira, 27 de setembro de 2012

 http://www1.folha.uol.com.br/educacao/1159833-biomedico-faz-analises-clinicas-para-diagnostico.shtml

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Homens e mulheres enxergam de maneiras diferentes, diz estudo.

Olhos dos homens são mais sensíveis a pequenos detalhes;
mulheres distinguem cores com mais facilidade
 
Pesquisa norte-americana mostra que há diferenças na visão dos dois sexos.
Da BBC
Se você chega em casa recém-saído do cabeleireiro, com um tom de tintura vermelha que nunca antes havia se atrevido a usar, e seu marido a recebe com um "que lindos esses seus novos brincos", em referência a um presente de uma prima que você quase deixou de lado, pense duas vezes antes de se irritar e gritar com ele. Não se trata -neste caso ao menos- de falta de interesse, atenção e muito menos de carinho.
De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos, os olhos dos homens são mais sensíveis aos pequenos detalhes e aos objetos que se movem em grande velocidade, enquanto as mulheres distinguem cores com mais facilidade.
Isaac Abramov, professor de psicologia do Brooklyn College, foi o responsável por dois estudos paralelos para determinar essas diferenças. Em um deles, apresentou aos participantes uma amostra de uma cor específica e pediu a eles que a descrevessem empregando uma série de termos pré-determinados.
Desta forma, o psicólogo e sua equipe descobriram que homens e mulheres descreviam a mesma cor diante de seus olhos usando termos diferentes. "Ambos veem o azul como azul, mas que porcentagem de vermelho veem na cor difere se o indivíduo é homem ou mulher", disse Abramov. Assim se explica por que as mulheres são melhores quando se trata de combinar cores ou de buscar tons semelhantes entre si.
Um ponto no horizonte
O outro estudo conduzido pela mesma equipe se concentrou em como cada sexo percebe os detalhes e as imagens em movimento. Os homens detectam os detalhes, por mínimos que seja, com mais facilidade.
"Por exemplo, se um avião ingressa em nosso campo visual, como um ponto ínfimo no horizonte, o homem o notará antes da mulher", diz o cientista. "Ou se uma pessoa tem tendência a tornar-se míope com o tempo, se for homem, levará mais tempo até que tenha que usar óculos", acrescenta.
Diferenças
As hipóteses para explicar as razões por trás dessas diferenças são várias e dão início a uma série de debates, diz Abramov. "Uma explicação possível é que no cérebro se encontram receptores do hormônio masculino, testosterona, e a maior concentração desse hormônio está na parte superior do cérebro -o córtex cerebral- que é a principal zona visual", destaca.
"Por que essa região do cérebro é tão sensível à testosterona também é uma questão de especulação", acrescenta.
Evolução
Outra teoria está relacionada com a evolução. Os homens, em seu papel de caçadores, evoluíram suas capacidades que o permitiam avistar à distância uma presa ou um animal que pudesse representar uma ameaça com maior precisão, enquanto as mulheres aperfeiçoaram suas capacidades para melhorar seu desempenho como coletoras.
Abramov deixa claro que todas essas diferenças são sutis e que afetam a visão em seu nível mais primário. Sem dúvida, por ser uma diferença biológica, não é possível treinar o olho para melhorar" no que faz pior.
Além disso, isto não afeta a percepção -ao menos no que se sabe até o momento- já que esta se alimenta de muitos outros fatores, como a educação, a memória e os interesses.
Fonte: G1.globo.com – Ciência e Saúde
Imagem: Foto: WikiCommons

Médicos suecos fazem transplante de útero de mãe para filha


DA ASSOCIATED PRESS

Duas mulheres da Suécia estão carregando o útero de suas mães. Segundo os médicos responsáveis, esses são os primeiros transplantes de útero de mãe para filha.

Especialistas da Universidade de Goteborg fizeram a cirurgia no último fim de semana sem complicações, mas dizem que só vão considerar o procedimento bem-sucedido se as mulheres engravidarem depois do fim do período de observação, que termina daqui a um ano.

"Não vamos dizer que foi um sucesso completo até que isso resulte em crianças", disse Michael Olausson, um dos cirurgiões, à agência Associated Press. "Essa é a melhor prova."

Ele disse que as receptoras começaram o tratamento de fertilização antes da cirurgia.

Hormônios foram usados para estimular os ovários, que elas já tinham, para produzir óvulos. Os cientistas vão fertilizar os óvulos com espermatozoides no laboratórios e congelar os embriões, que, depois disso, serão descongelados e transferidos para as mulheres se elas estiverem em boas condições de saúde daqui a um ano, segundo Olausson.

Depois de até duas gestações, o útero das duas será removido.

A universidade afirmou que uma das receptoras teve de remover seu útero há muitos anos por causa de câncer cervical. A outra nasceu sem útero. Ambas têm cerca de 30 anos.

"As duas pacientes estão bem mas estão cansadas após a cirurgias. As mães, que doaram o útero, já estão caminhando e terão alta hospitalar em alguns dias", afirmou Mats Brannstrom, líder da equipe, em um comunicado.

Médicos da Turquia, no ano passado, afirmaram ter feito o primeiro transplante de útero bem-sucedido, dando um útero de uma doadora morta a uma jovem. Segundo Olausson, essa paciente está bem, mas não se sabe se ela já fez tratamento de fertilização.

Em 2000, médicos da Arábia Saudita transplantaram um útero de uma doadora viva, mas o órgão foi removido três meses depois por causa de um coágulo sanguíneo.

Scott Nelson, chefe de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Glasgow, afirmou que os transplantes suecos foram um grande passo, mas destacou a necessidade de esperar que a operação resulte em gestações para ver se houve mesmo sucesso.

"Em termos de riscos para a gravidez, as maiores preocupações são a placenta não se desenvolver de forma normal, o bebê não crescer como esperado e nascer prematuro", afirmou Nelson, não envolvido com os transplantes. "O nascimento prematuro é o principal risco."
 
Fonte: Folha Equilíbrio on line – 20 de setembro 2012

Cada medo é um medo

Formas distintas de ameaça ativam circuitos diferentes no cérebro

Maria Guimarães

Quando um animal é posto numa situação que percebe como risco de perder a vida – um rato dentro de uma gaiola com um gato, por exemplo –, ele rapidamente a memoriza. Nos dias seguintes, basta pôr o rato na gaiola, ainda que sem o gato, para suscitar uma reação idêntica de pânico paralisante. “Nesse momento o animal mobiliza o mesmo sistema neural utilizado para se defender do predador”, explica o médico e neuroanatomista Newton Canteras, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Ele e sua equipe descobriram que, além de existirem circuitos cerebrais distintos para cada tipo de medo (ver reportagem Os caminhos do medo), a memória também está envolvida no processo que leva a reações que diferem conforme a situação.
 
“Diante de um predador, os ajustes fisiológicos necessários são diferentes daqueles ativados quando um indivíduo se confronta com um agressor da mesma espécie”, explica Canteras. Um artigo que ele escreveu em parceria com Cornelius Gross, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular em Monterotondo, Itália, compila o que se sabe sobre o funcionamento neurológico do medo e estampa a capa da Nature Reviews Neuroscience de setembro. A ilustração da capa representa os três tipos de medo descritos no artigo: um leão para o medo do predador, um homem com um taco de beisebol para o medo social e um dentista evocando o medo da dor. “São três vias diferentes no cérebro”, explica o pesquisador da USP.
 
Tanto a memória quanto as pistas do ambiente (como cheiros, sons e imagens) são integradas numa região do cérebro conhecida como amígdala, uma estrutura que fica no lobo temporal. Dali, os estímulos nervosos são transmitidos para o hipotálamo, alojado na base do encéfalo. Muitos laboratórios no mundo todo têm investigado exatamente quais áreas dessas estruturas do cérebro atuam nos diferentes tipos de medo, causando elevação de pressão e alterações hormonais (os tais ajustes fisiológicos) que, por sua vez, geram reações distintas, conforme mostra o artigo na Nature Reviews Neuroscience. Quando enfrenta agressão social, provocada por um indivíduo da mesma espécie, as regiões ativadas no hipotálamo estão mais relacionadas às relações sociais e o rato arqueia as costas numa posição de submissão. Já quando teme sentir dor ou confronta um predador, a primeira reação é congelar. Nesta segunda situação, caso a estratégia fracasse em torná-lo invisível, o rato dá saltos para trás numa tentativa de fuga.
 
Essa atitude quando há risco (aparente, ao menos) à vida pode ser semelhante ao que pessoas enfrentam em guerras ou em situações de violência como um assalto à mão armada. O mecanismo que fixa a memória instantaneamente nos ratos pode ser o mesmo que gera o transtorno de estresse pós-traumático. Entender a neurofisiologia do medo, os pesquisadores esperam, pode ajudar a desvendar – e quem sabe tratar – casos em que ele se torna incapacitante.
 
Fonte: Revista Fapesp  Edição Online 15:14 - setembro de 2012
Imagem: Eduardo César

sábado, 15 de setembro de 2012

Da saciedade e outros prazeres



Células na base do cérebro controlam a fome e acionam os mecanismos neurais da recompensa
FRANCISCO BICUDO

Um grupo de apenas 5 mil neurônios localizados na base do cérebro, em uma região chamada hipotálamo, não controla somente a fome e a saciedade. Especializados na produção de dois dos comunicadores químicos cerebrais – o neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo relacionado ao agouti (AgRP) –, esses neurônios atuam também sobre os mecanismos cerebrais de recompensa, que coordenam as sensações de prazer. O duplo papel dessas células foi observado por um grupo de pesquisadores brasileiros e norte-americanos e descrito em junho na revista Nature Neuroscience. “Foi a primeira vez que se registrou a influência dessas células sobre outras funções do sistema nervoso central”, conta o médico Marcelo Dietrich, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e primeiro autor do artigo.

Dietrich suspeitava havia algum tempo de que os neurônios produtores de NPY e AgRP pudessem manter conexões com outras áreas cerebrais por causa dos efeitos colaterais provocados por medicamentos inibidores de apetite. Compostos como a sibutramina, retirada do mercado em vários países e vendida com retenção de receita no Brasil, reduzem a fome por induzir efeitos semelhantes ao da desativação desses neurônios.Mas também originam uma série de alterações no organismo, como a melhora do humor – a sibutramina foi desenvolvida para ser usada como antidepressivo – e o aumento do risco de problemas cardiovasculares. “Imaginávamos que os neurônios produtores de NPY e AgRP não estariam isolados ou associados apenas à fome”, conta Dietrich. “Pensamos que também pudessem desempenhar algum papel em funções cognitivas mais sofisticadas e decidimos ver se estavam envolvidos nos mecanismos de recompensa”, diz o pesquisador, que atualmente passa uma temporada no laboratório de Tamas Horvath na Universidade Yale, nos Estados Unidos.

A fim de testar possíveis conexões desses neurônios com os de outras regiões cerebrais, Dietrich realizou uma série de experimentos com roedores geneticamente alterados para apresentar menor atividade dos neurônios do apetite. “As células não eram eliminadas, mas funcionavam de maneira deficiente, minimizando assim a sensação de fome”, explica.

A consequência esperada era que outros mecanismos associados àquele grupo de neurônios também se mostrassem menos ativos. Mas não foi o que ocorreu. Inicialmente os camundongos foram soltos em uma caixa de acrílico em que foi colocado um pequeno cilindro de plástico para avaliar como se comportavam. Como os roedores são curiosos e gostam de conhecer tudo o que é novo no ambiente, o grau de exploração serve como termômetro de ativação dos mecanismos de recompensa. Os pesquisadores imaginavam que eles fossem se interessar pouco pelo objeto novo, uma vez que seus neurônios da fome não estavam funcionando bem. Mas observaram o oposto. Mal entraram na caixa, os roedores caminhavam freneticamente de um lado para o outro, explorando as novidades e tomando informações sobre o ambiente até então desconhecido. Esse era o primeiro indício de que os mecanismos de recompensa estavam respondendo de forma acentuada.

Numa segunda etapa, o pesquisador repetiu os testes aplicando nos animais uma injeção de cocaína, que sabidamente ativa as vias neurológicas de recompensa. Quanto maior a dose, mais os camundongos se movimentavam pelo ambiente. Por fim, Dietrich estabeleceu um roteiro em que determinava a injeção de cocaína durante cinco dias, matinha os animais em abstinência por quatro dias, e depois voltava a aplicar a droga. “O cérebro desenvolve uma espécie de memória dos efeitos da cocaína, cria dependência e responde de forma ainda mais intensa ao final dos testes”, lembra o pesquisador.

Dietrich, então, sofisticou um pouco mais o teste para verificar se a inibição da atividade dos neurônios produtores de NPY e AgRP aumentava a busca por situações prazerosas. Desta vez ele colocou os animais em uma caixa que, de um lado, dava acesso a outra caixa contendo água com cocaína e, de outro, estava conectada a uma terceira caixa com um recipiente com água pura. Num primeiro momento, ele colocou os animais na caixa central e os deixou explorar as outras duas – os animais visitaram as duas caixas mais ou menos o mesmo número de vezes. Depois, Dietrich fechou o acesso à caixa com água pura e deixou os animais visitarem apenas aquela em que havia cocaína. Numa etapa seguinte, fez o inverso. Bloqueou o acesso à cocaína, permitindo as visitas só à caixa com água pura. Por fim, os camundongos voltaram a ter acesso às duas caixas. Desta vez, porém, as visitas ao ambiente com cocaína foram duas vezes mais frequentes do que à caixa só com água. Foi a confirmação da busca pelo prazer.

Questão de idade

“Observamos que os neurônios produtores de NPY e AgRP estão conectados aos neurônios que produzem dopamina, o neurotransmissor do prazer”, explica Dietrich. “Mas essa relação se dá de forma inversa, quando os neurônios do apetite são inibidos, os produtores de dopamina se tornam mais ativos, acentuando o funcionamento dos mecanismos de recompensa”, conta.

Mas restava uma dúvida. Os testes haviam sido feitos com camundongos transgênicos adultos que haviam nascido sem a proteína que ativa os neurônios da fome e os pesquisadores haviam observado que, quanto mais velho o animal, menor o efeito.

Para avaliar a influência da idade, foi preciso mudar de estratégia. Eles inativaram os neurônios da fome em animais com idades diferentes (5, 10, 15 e 20 dias de vida e depois de adulto) e repetiram os testes. Os resultados confirmaram: a inativação dos neurônios da fome nos filhotes mais novos intensificava a ação do mecanismo de recompensa.

Para Dietrich, essa é uma evidência de que é na primeira semana de vida dos roedores que essas células se conectam com as de outras áreas cerebrais. Nos seres humanos, esse estágio do desenvolvimento cerebral corresponde ao do terceiro trimestre da gestação. “Modificar o funcionamento desses neurônios no começo do desenvolvimento talvez gere consequências que só apareçam bem mais tarde na vida, aumentando a suscetibilidade à adição por drogas”, suspeita o pesquisador, que começou a investigar essa função do hipotálamo durante o doutorado na UFRGS, sob a orientação de Diogo Onofre de Souza.

Dietrich pretende ainda compreender a influência da alimentação de recém-nascidos sobre o mecanismo de busca de prazer. “Queremos entender como as células que regulam o apetite reagem quando as mães, em vez de amamentar, dão papinha e outros alimentos em substituição ao leite materno”, conta. “No limite, queremos ser capazes de um dia conseguir sugerir quais são os nutrientes e a quantidade de calorias recomendáveis para que essas conexões se formem de maneira adequada.”
 
Fonte: Revista Fapesp on line edição 199 - Setembro 2012
Imagem: © INFOGRÁFICO PEDRO HAMDAN  FONTE MARCELO DIETRICH

terça-feira, 11 de setembro de 2012

DIA DA UNIVERSIDADE ABERTA METODISTA

 
Venha conhecer a Universidade Metodista de São Paulo e escolher a sua profissão

No dia 6 de outubro, a Universidade Metodista de São Paulo realizará a 5ª edição do evento Dia da Universidade Aberta, no qual alunos de ensino médio, cursos preparatórios para o vestibular, supletivos, professores e familiares poderão visitar a Metodista.

O objetivo do evento é permitir que as pessoas conheçam todas as dependências e a infraestrutura da universidade e recebam informações sobre os cursos e profissões que desejam seguir, facilitando assim a escolha em relação à futura carreira.

Durante a visita, os estudantes e familiares poderão conversar com profissionais que atuam na área e com alunos da universidade para tirar dúvidas sobre o mercado de trabalho, a remuneração e as principais atividades de determinada profissão.

Caso o estudante já tenha escolhido o curso, no Dia da Universidade Aberta, poderá fazer a inscrição no Processo Seletivo da Metodista com desconto especial.

A entrada no evento é gratuita para estudantes do ensino médio, fundamental, curso preparatório, professores e acompanhantes.

Dia da Universidade Aberta Metodista
Quando: 06 de outubro (sábado), entre 10h e 16h.
Local: Universidade Metodista de São Paulo, Campus Rudge Ramos. Rua Alfeu Tavares, 149, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo.
As escolas interessadas devem fazer inscrição prévia no link inscrições.


Informações Gerais

Cadastro
Posso cadastrar meu amigo no dia 06 de outubro ao chegar na Metodista?
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Ambulatório Médico
Localizado no prédio Zeta, o Ambulatório Médico ficará disponível durante todo o evento, com médico e enfermeira de plantão para pronto-atendimento.
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São Bernardo do Campo/SP
Fone: 11 4366.5508
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

domingo, 26 de agosto de 2012

Programa paulista reduz impacto de exame em crianças

Mariana do Espírito Santo, 7, em tomógrafo no Instituto da Criança, em SP, com a mãe
 
Novo método adotado no Instituto da Criança do HC permite retirar menos sangue nos testes laboratoriais
Uso de tomógrafo que emite 70% menos radiação também faz parte do projeto, que servirá de modelo
 
CLÁUDIA COLLUCCI - SP

Menos exames, menos radiação, menos sangue coletado. Esse é o mote de um programa de humanização e segurança criado no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, que deve servir de modelo para outros hospitais infantis do SUS.

O projeto envolveu a adoção de um novo método de análise laboratorial, que diminuiu em até 75% o volume de sangue coletado nas crianças, e a compra de um tomógrafo que faz exame com 70% menos radiação.
Em alguns hospitais privados, como o Sabará (SP), essas tecnologias já existem.
O caso da pequena Alícia, de três meses, é um exemplo real do impacto da mudança. A menina nasceu com uma malformação no intestino e já precisou se submeter a nove coletas de sangue.
Se fosse pelo método convencional, teriam sido retirados 10,8 ml de sangue da garota. Com o micrométodo, que usa tubos com a metade do tamanho dos tradicionais, foram necessários 5,6 ml, uma redução de 48%.
Segundo Marcília Sierro Grassi, neonatologista da UTI do instituto, a mudança de método teve um impacto também no número de transfusões de sangue. "A Alícia só teve de fazer uma. Se fosse pelo método convencional, já teria precisado de mais."
Em crianças prematuras, as coletas de sangue para exames são as principais causas das transfusões. Um bebê de 1 kg tem 100 ml de sangue circulando no corpo, o que equivale a uma xícara.
"Em cada coleta, a gente tira 10% [desse volume]. Tem criança que precisa de duas, três coletas por dia", diz Magda Carneiro-Sampaio, professora titular do instituto e coordenadora do projeto.
O Instituto da Criança realiza cerca de 18,5 mil coletas de sangue por mês. Em 84% delas, será possível usar o micrométodo. O restante, exames mais complexos, demanda o método convencional.
TOMOGRAFIAS
Em relação às tomografias, além da compra do novo aparelho que emite menos radiação, o programa vai também motivar médicos a pedir o exame só em situações realmente necessárias.
Nos últimos anos, vários estudos vêm demonstrando uma relação direta da radiação de exames (raios-X e tomografias) ao aumento do risco de câncer, especialmente quando se trata de crianças.
Isso desencadeou um movimento mundial que defende a limitação de exames radiológicos na infância e a fabricação de equipamentos que minimizem a exposição à radiação ionizante.
"Tem muito diagnóstico que pode ser feito com ultrassom [que não emite a radiação]. Outros nem precisam de exames de imagem. Basta uma anamnese e um bom exame clínico", diz Magda.
É essa a mensagem que o programa também pretende propagar entre os residentes que atuam no instituto e no complexo HC.
"Os médicos deixaram de examinar, a população de deixou de acreditar nos médicos, e o exame tomou conta da clínica. Isso é uma inversão. A gente quer que o médico pare e pense: 'Será que um raio-X vai informar mais do que o meu estetoscópio está me dizendo?"
O cirurgião pediátrico Uenis Tannuri, professor da USP, vai ainda mais longe. "Eu brigo com os meus residentes. Ando com a pesquisa que relaciona radiação com câncer e fico mostrando para eles. Não deixo que peçam exames desnecessários. Esse pecado eu não vou levar para o túmulo."
Testes em miniatura
0,50 ml de sangue  é coletado para realizar um hemograma usando os instrumentos convencionais . 0,25 ml de sangue é coletado para o mesmo exame com o método especial para crianças
A REDUÇÃO É DE  50%  no volume coletado
100 ml  de sangue  é o total circulante em um bebê prematuro com 1 kg. 2,8 ml  de sangue  são coletados para a realização de um exame que avalia a coagulação. 0,8 ml de sangue  é retirado usando o micrométodo, que usa tubos e uma máquina especial
A REDUÇÃO É DE  71,4% no volume coletado
84%  dos 18,5 mil testes de sangue  feitos por mês no Instituto da Criança poderão usar o método.
Fonte: Folha de São Paulo – sábado, 25 de agosto de 2012
Imagem: Karime Xavier/Folhapress

sábado, 18 de agosto de 2012

Uma fábrica de medicamentos

                                            Estruturas das flores da Cannabis que produzem os canabinoides

Pesquisadores da Universidade de Saskatchewan, Canadá, identificaram um caminho químico que a maconha (Cannabis sativa) usa para criar compostos biologicamente ativos chamados canabinoides, abrindo o caminho para o desenvolvimento de variedades de maconha aptas a produzirem fármacos de interesse comercial (PNAS, 16 de julho). Essa rota bioquímica inclui versões diferenciadas de enzimas e nunca havia sido observada em plantas, de acordo com Jon Page, pesquisador de Saskatchewan. Por meio dessas enzimas a Cannabis converte um ácido graxo em uma cadeia simples de carbono, usado para construir moléculas farmacologicamente ativas. Page e sua equipe analisaram estruturas alongadas chamadas tricomas para identificar os genes responsáveis pela produção de substâncias psicoativas como o delta-9-tetrahidrocanabinol ou THC. Depois usaram as enzimas produzidas por esses genes para induzir leveduras a sintetizarem um composto intermediário na rota bioquímica que leva a canabinoides como o THC. No Canadá, cerca de 20 mil pessoas estão legalmente autorizadas a usar canabinoides para aliviar a dor ou recuperar o apetite. O canabidiol, outra substância importante dessa planta, poderia ajudar a reduzir a ansiedade e proteger os neurônios.

Fonte: Revista Fapesp - Edição 198 - Agosto de 2012
Imagem:  JON PAGE/UOFS/NRC E KLAUS ADLER/IPK-GATERSLEBEN

sábado, 4 de agosto de 2012

Os dez mandamentos da biomedicina:

 
  1.  Nunca cobiçaras o jaleco do próximo.
  2. Pipetas não são para usar com a boca.
  3. A culpa nem sempre é dos CRBM's.
  4. Estudar muito = Sucesso.
  5. Se você não tem concentração, comece a ter hoje.
  6. Não vivemos só das análises clínicas, pesquise.
  7. Não tente parecer um médico.
  8. Conheça seus direitos.
  9. Se você não gosta de química, comece a gostar hoje.
  10. Podemos ser muito bem sucedidos, mas vai depender apenas da sua força de vontade.
 
 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não basta reduzir estômago

 A cirurgia de redução do estômago, procedimento adotado em casos de obesidade mórbida, não resolve sozinha o problema de excesso de peso. Se não houver uma mudança rigorosa nos hábitos alimentares, a operação pode pouco valer, de acordo com estudo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O grupo coordenado pela nutricionista Maria Rita Marques de Oliveira analisou o padrão de consumo de alimentos relatado por 141 mulheres que haviam passado por uma cirurgia de redução do estômago entre dois anos e sete anos antes da pesquisa. Dos 141 casos estudados, 119 foram considerados bem-sucedidos, com perda de mais da metade do peso excedente. Essas mulheres ingeriam cerca de 20% menos energia do que o organismo normalmente necessita. As outras 22 mulheres, cuja operação não produziu resultados tão animadores, consumiam apenas 10% menos calorias do que 
o necessário. Outra diferença importante: a dieta das que emagreceram menos continha mais gorduras e menos nutrientes essenciais (folato, vitaminas C e E) do que a das que perderam mais peso (Nutrition Research, maio de 2012). 
Segundo o estudo, a carência de nutrientes observada nas pessoas submetidas à cirurgia parece depender tanto da qualidade dos alimentos como da redução do trato digestivo, uma vez que as mulheres que emagreceram mais ingeriam um nível mais adequado de nutrientes.

Fonte: Revista Fapesp -   Edição 196 - 2012

Tempestades do corpo e da alma


Crises de depressão e de euforia provocam desequilíbrios químicos que podem danificar as células e acelerar o envelhecimento do corpo.

Desde 2009 o psiquiatra Rodrigo Bressan e outros pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) acompanham um grupo de adolescentes com alto risco de desenvolver doenças mentais graves como o transtorno bipolar e a esquizofrenia. Eles querem descobrir o momento adequado para agir antes que os problemas se manifestem e, assim, tentar evitar que se instalem. Ao mesmo tempo, procuram ensinar os adolescentes e seus familiares a lidar com situações estressantes que podem disparar as crises. Assim que possível, Bressan e os psiquiatras Elisa Brietzke e Ary Araripe Neto querem ver se compostos anti-inflamatórios, antioxidantes ou neurotróficos poderiam proteger as células cerebrais e, quem sabe, reduzir o risco de desenvolver essas doenças mentais.

A estratégia de tentar proteger o cérebro com esses e outros compostos se baseia na hipótese de que os neurônios e outras células cerebrais sofrem danos gradativos a partir do primeiro episódio mais intenso da doença – há quem suspeite de que os danos podem começar até mesmo antes. Estudos recentes indicam que nesses distúrbios o cérebro produz certos compostos em níveis nocivos que atrapalham o funcionamento das células e podem causar danos irreparáveis à medida que se sucedem, levando à deterioração das capacidades de raciocínio, planejamento e aprendizagem e até a uma alteração leve e definitiva do humor. Simultaneamente ao aumento na concentração dessas substâncias, haveria também uma diminuição nos de compostos neuroprotetores naturalmente produzidos pelo organismo.

Um dos pesquisadores que ajudou a desenvolver essa hipótese é o psiquiatra Flávio Kapc-zinski, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Medicina Translacional. Ele está convencido de que a evolução dramática dos casos graves de transtorno bipolar e de depressão é consequência de alterações fisiológicas causadas pelas crises recorrentes.

As crises que de tempos em tempos atormentam a mente também intoxicam o corpo, acredita Kapc-zinski. Elas seriam como tempestades químicas que desfazem o equilíbrio das células cerebrais e liberam compostos que, carregados pelo sangue, inundariam o organismo – às vezes levando a um grau de intoxicação quase tão grave como o enfrentado por quem desenvolve uma infecção generalizada (sepse). Repetidas ao longo de anos ou décadas, essas avalanches tóxicas precipitadas por surtos de depressão ou de mania produziriam um desgaste lento e progressivo do cérebro e de todo o corpo, reduzindo a capacidade de recuperação e acelerando o processo de envelhecimento.
Kapczinski começou a elaborar esse modelo teórico com base em experimentos feitos por sua equipe e por outros grupos para explicar como e por que a depressão e o transtorno bipolar, uma vez instalados e sem o tratamento adequado, seguem um padrão de agravamento progressivo que pode culminar com a morte precoce por problemas cardiovasculares e até câncer. De acordo com o modelo, as outras doenças que aparentemente nada têm a ver com o que se passa no cérebro poderiam evoluir como resultado dos desequilíbrios orgânicos gerados pelos episódios severos de depressão e mania.

Apresentada inicialmente em 2008 na Neuroscience and Behavioral Reviews, essa hipótese vem ganhando reconhecimento internacional. No último ano os estudos de Kapczinski já foram citados cerca de mil vezes em outros trabalhos. O psiquiatra australiano Michael Berk, da Universidade de Melbourne, acompanha essas pesquisas e, com Kapczinski, chamou esse novo modelo de neuroprogressão.

“Sabemos que esses distúrbios são progressivos e essa proposta teórica explica por quê”, diz Berk. Para ele, a interpretação de que essas doenças se agravam a cada surto pode gerar um impacto importante no tratamento por indicar a necessidade de diagnóstico e intervenção precoce e por sugerir que terapias neuroprotetoras possam atenuar o efeito desses problemas.

“A ideia está posta”, diz o pesquisador da UFRGS. “Agora é possível trabalhar para tentar confirmá-la ou refutá-la.” Ele sabe que o modelo é ousado e que é necessário reunir mais evidências para demonstrar que ele representa de modo adequado a evolução da depressão e do transtorno bipolar. “Temos trabalho para umas duas décadas”, diz Kapczinski.


Fonte: Revista Fapesp - Edição 197 - Julho de 2012
Por: RICARDO ZORZETTO
Imagem: EDUARDO SANCINETTI